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A ação na defesa do que é nosso

Crónica Política

As consequências do Orçamento de Estado para 2014 são devastadoras para a nossa região, distrito e concelho. Não apenas pela continuada degradação dos rendimentos, das condições de trabalho e das prestações sociais dos trabalhadores, da administração pública e do setor privado, mas também pela continuada destruição das atividades económicas, contribuindo para o empobrecimento da nossa região. Este OE limita ainda direitos fundamentais como o acesso à saúde, à educação ou à proteção social.

Não devemos esquecer o aumento da exploração dos trabalhadores, da redução dos rendimentos dos reformados e de empobrecimento das famílias e ruína das PME’s em benefício e proteção dos interesses dos grupos económicos e capital financeiro.

É urgente que haja medidas efetivas de discriminação positiva que evitem a asfixia a que vêm sendo condenadas as micro, pequenas e médias empresas e os pequenos agricultores, que possibilitem e estimulem o crescimento económico e o desenvolvimento em geral, nomeadamente na redução dos custos de contexto (luz, portagens, comunicações, gás, entre outros).

Não basta dizer que abriram concursos e que alguns ficaram desertos. É necessário que se tomem medidas similares aos anos após a revolução de Abril, haja vontade política para fixar recursos humanos de saúde no interior, nomeadamente na ULS da Guarda. A abertura das novas instalações hospitalares são fundamentais, mas que o Ministério da Saúde proporcione saúde financeira para o devido apetrecho de equipamentos hospitalares.

Não basta dizer que todos defendem o interior, pois alguns continuam a votar contra e não implementam a efetiva requalificação da Linha da Beira Baixa, nomeadamente entre a Guarda e a Covilhã. Não é inocente a supressão do transporte alternativo rodoviário.

É fundamental que todos se unam na defesa dos serviços públicos, contra a delapidação dos recursos e do património público, particularmente através da política ruinosa de privatização de tudo o que é público e rentável, como a água e o saneamento, os resíduos sólidos urbanos e outros serviços públicos, a última situação com a privatização dos CTT.

A prosperidade e as festas felizes não poderão ser um ímpeto de retórica mas de ação, na defesa dos que especialmente são explorados e espoliados da sua dignidade humana.

Por: Honorato Robalo

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