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80 segundos para o fim do PolisGuarda

Fotolegenda/opinião

Quatro anos depois de iniciado o programa Polis, na Guarda o relógio diz-nos que chegou o fim. Não sabemos se é por avaria ou se há algum tipo de intenção, mas estamos perante um tempo desconhecido: oitenta segundos. Pode-se dar o caso de que, enquanto o leitor lê este texto, lá fora, tudo se esteja a transformar. O senhor leitor corre mesmo o risco de ir espreitar à janela e ver uma cidade nova – aquela que o Polis ameaçou criar. Ameaçou…

Quatro anos depois de José Sócrates ter afiançado que a Guarda iria ter um túnel a ligar a 31 de Janeiro à Misericórdia; de António Saraiva ter anunciado o “monorail”; de Joaquim Valente ter “visto” o Parque Urbano; de Maria do Carmo Borges ter comprado os terrenos dos Tavares para ali fazer o “Museu da Água”… o que fica é um relógio que avisa que faltam 80 segundos…

Não fosse o iglo das terras quentes (o frio que se lá sente, mesmo nestas noites de verão, aconselham a transferi-lo para o Algarve), a gélida e inacessível encosta dos Bombeiros (que leva meses escondida por taipais), o pavimento rugoso da Avenida da Estação (toda a rua serve de quebra-molas) e ninguém teria dado conta que na Guarda havia Polis. Havia porque os 80 segundos já acabaram. Os novos prazos disponibilizados não convencem… mas como não se vai pôr relógio, ninguém sabe quando termina. Ou se algum dia termina.

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