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28 casos de gripe A no Hospital da Guarda

Unidade Local de Saúde diz que surto está controlado entre enfermeiros e administrativos e que o funcionamento do Sousa Martins não foi afectado

Os casos de gripe A não páram de aumentar no Hospital Sousa Martins, na Guarda, desde que o surto foi detectado na passada sexta-feira. Anteontem, o número de profissionais e de doentes infectados já era de 28, mas todos se encontravam em casa devidamente medicalizados, não tendo sido afectado o normal funcionamento da unidade. «O surto está controlado», adiantou fonte oficial do Conselho de Administração (CA) da Unidade Local de Saúde (ULS).

Entre sexta-feira, quando os primeiros casos foram detectados, e a passada terça-feira «foram feitos 77 testes a 36 profissionais e a 41 doentes», acrescentou, indicando que 18 profissionais e 10 doentes apresentaram «resultado positivo na gripe A». Destes, há três utentes internados mas por causa de outras situações clínicas. No final da semana passada, Fernando Girão tranquilizava a opinião pública ao dizer que se tratam de «casos de gripe sazonal, com sintomatologia ligeira, pelo que a situação está controlada». O presidente da Unidade Local de Saúde (ULS) acrescentou que a actividade do Hospital não foi afectada, «mas houve necessidade de reforçar algumas equipas de enfermagem de forma a substituir os colegas doentes». O médico adiantou que «não houve qualquer redução na prestação de serviços de saúde» e que as Urgências tiveram «uma procura normal para a época».

O surto foi detectado no serviço de Medicina, onde os primeiros testes de despistagem revelaram que 11 enfermeiros e um administrativo tinham gripe A, além de dois doentes.

«É uma situação normal para esta altura do ano e não tem nada a ver com o alarmismo do Inverno passado, até porque a pandemia já passou», acrescentou Fernando Girão. Contudo, o caso da Guarda levou o director-geral da Saúde a esclarecer que a actividade gripal continua «moderada», circulando em Portugal, como noutros países europeus, sobretudos vírus de tipo B e vírus A (H1N1), igual à estirpe pandémica de 2009. «O vírus do tipo B continua a ser predominante, embora os casos internados sejam sobretudo causados pelo vírus A (H1N1) pandémico», confirmou Francisco George. O comunicado da DGS revelava que, desde o início da época gripal, tinham sido notificados, cumulativamente, 38 internamentos hospitalares por gripe, dos quais 33 por vírus A, quatro por vírus B e um por A (H3N2).

«Foram admitidos em cuidados intensivos 17 doentes, dos quais 13 continuam internados. Registaram-se ainda quatro óbitos (três por vírus A e um por vírus de tipo B), enquanto cinco doentes tiveram alta», divulgou a DGS, recordando que a gripe é uma doença contagiosa que, «na maior parte das vezes, cura espontaneamente». Contudo, aquele organismo aproveitou a ocasião para recordar que pode originar complicações em grávidas e pessoas com determinadas doenças crónicas. E sublinhou que a vacinação é, actualmente, «o melhor método de prevenção», tal como as regras de etiqueta respiratória. Ou seja, tossir ou espirrar para um lenço descartável ou para o antebraço e lavar as mãos são «medidas aconselháveis e importantes», recordou a DGS.

Luis Martins Estava anunciado para ontem uma nova actualização do número de pessoas infectadas

28 casos de gripe A no Hospital da Guarda

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