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2017, o ano de sermos proactivos

Opinião – O que esperar de 2017

Iniciado um novo ano há sempre uma esperança renovada que “seja desta” que as coisas efetivamente mudam para melhor na nossa região.

Na última edição de O INTERIOR vinha plasmado um gráfico onde, infelizmente, se constata que nos últimos 4 anos a região perdeu mais de 15 mil pessoas.

Ou aceitamos esta sina como um facto consumado, ou não nos resignamos e tentamos contrariar esta tendência.

Temos muitas potencialidades que podem e devem ser exploradas, como o turismo, e alguns sectores da agroindústria, como o vinho, o azeite, as frutas, as raças autóctones, etc.

Estão a aparecer pequenas unidades de produtos com uma qualidade muito boa e um “package” apelativo (mel, azeite, frutos secos, mirtilos, compotas, etc.), este tipo de microempresas é importante para dinamizar e aproveitar recursos que temos e que convém potenciar. É preciso levar esses produtos para os grandes centros urbanos e para fora de Portugal! É difícil? Claro que é! Mas na dificuldade se veem as pessoas com a maior tenacidade e capacidade de se adaptar e nós temos esse potencial!

Há alguns sinais positivos (como a instalação de uma unidade de calçado em Belmonte, a de componentes para aviões em Pinhel, a de produtos de comunicação visual no Sabugal, etc.) que são indicadores que as coisas podem começar a mudar e desta forma a fixar pessoas.

Ao nível da CIMBSE é tempo de começar a trabalhar em projetos com importância e dimensão regional, ou então não sairemos desta situação, e estou certo que assim será até porque há, felizmente, alguns autarcas com visão muito para além do seu município e isso é de todo fundamental para o crescimento da Beira Interior.

É tempo de cada um dar o seu contributo e não se ficar apenas pelas críticas! Como disse o antigo presidente dos EUA, John F. Kennedy: «Não perguntes o que o teu país pode fazer por ti, pergunta-te o que podes fazer pelo teu país». Todos, enquanto cidadãos, temos de tentar fazer o melhor possível e não passar o tempo a dizer mal de tudo e dos todos!

Rodolfo Queirós

Diretor técnico da Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior

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