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18 e 12 anos de prisão para incendiários da Serra do Caramulo

Os dois acusados da autoria dos incêndios florestais ocorridos no verão do ano passado na Serra do Caramulo, onde morreram quatro bombeiros, foram esta tarde condenados a pesadas penas de prisão efetiva.

Luís Patrick vai ter de cumprir 18 anos de cadeia, em cúmulo jurídico, enquanto Fernando Marinho ficará detido durante 12 anos. Na pena deste último foi tido em conta a sua confissão e colaboração com as autoridades, além de ser menor de 21 anos na altura dos factos.

A acusação refere que, na noite de 20 para 21 de agosto de 2013, Luís Patrick e Fernando Marinho andaram de moto pela serra a atear vários focos de incêndios. Na primeira sessão do julgamento, no início de outubro, na secção de proximidade de Vouzela, Luís Patrick garantiu nada ter a ver com os incêndios. Já Fernando Marinho confessou, contando que o amigo ateou os de Alcofra e de Meruge e ele o de Silvares.

Durante as alegações finais, o Ministério Público pediu a pena máxima para Luís Patrick. O advogado de Luís Patrick, Francisco Marques Vieira, pediu a absolvição, por considerar que «não foi feita prova direta de nada» que apontasse que ele tivesse praticado aqueles atos. No caso do arguido Fernando Marinho, o procurador defendia que a pena deveria ser, no mínimo, inferior em cinco anos relativamente à de Luís Patrick.

O advogado João Carlos Lages pedia que fosse tida em conta a confissão de Fernando Marinho e que, como à altura dos factos era menor de 21 anos, fosse aplicado o decreto de lei que prevê uma atenuação especial da pena.

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