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100 milhões de euros para a Comurbeiras até 2013

Anúncio foi feito por Carlos Pinto na Assembleia Municipal da Covilhã, onde foi aprovada a segunda revisão orçamental

Os 12 municípios que integram a Comunidade Urbana das Beiras vão ter ao seu dispor 100 milhões de euros no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), em vigor até 2013. O anúncio foi feito por Carlos Pinto na última reunião da Assembleia Municipal (AM) da Covilhã, na passada sexta-feira, onde foi aprovada a segunda revisão orçamental com a abstenção dos deputados da oposição.

O autarca da Covilhã, que também preside à Junta da Comurbeiras, revelou terem sido «conseguidos 40 milhões de euros para o conjunto dos 12 municípios», havendo a possibilidade da verba «ser estendida até aos 50 milhões em termos de comparticipação», o que dará um «investimento total» de 100 milhões de euros, salientou. Carlos Pinto considerou que este montante «é motivo de orgulho» para os municípios envolvidos e, em especial, para a Covilhã, «porque liderou o projecto contra muitas vozes que não acreditaram na importância deste movimento de aglutinação» das NUT’s da Cova da Beira e da Beira Interior Norte. «Chegamos à conclusão que o trabalho valeu a pena e que estes 100 milhões de euros de investimento, que iremos ter para seis ou sete anos do QREN, são muito importantes e acredito que venham outras verbas», reforçou.

Relativamente à ordem de trabalhos da AM, a segunda revisão orçamental foi aprovada por maioria, e 14 abstenções dos deputados da oposição. Jorge Fael (CDU) foi o único que explicou a decisão da sua bancada: «A informação é escassa e, por isso, não podemos votar favoravelmente esta revisão orçamental», justificou. Já a proposta do regulamento do transporte em táxi do município foi retirada «por falta do parecer pedido à ANTRAL (Associação Nacional dos Transportadores em Automóveis Ligeiros)», explicou o presidente da Assembleia Municipal, Carlos Abreu, no início dos trabalhos. Questionado sobre a actividade desenvolvida pela Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU), Carlos Pinto garantiu que está a ser um «sucesso», pois a “Nova Covilhã” já adquiriu 30 fogos e estão a decorrer 12 empreitadas, havendo ainda cerca de 13 habitações arrendadas, «designadamente a jovens» nas ruas envolventes à Praça do Município. «Brevemente, a autarquia vai colocar à venda mais casas recuperadas na zona histórica», anunciou, acrescentando que serão arrendadas se não forem vendidas.

Entretanto, já foram recuperadas as fachadas degradadas da Rua Visconde da Coriscada, num processo que está agora a passar para a Rua António Augusto Aguiar. De resto, o autarca reconheceu que a intervenção é «morosa», com a SRU a ter que lidar com «situações extremamente difíceis, porque a posse dos edifícios é, normalmente, contenciosa e as pessoas recorrem para os tribunais». Outro dos assuntos debatidos na reunião de sexta-feira, onde foi anunciado que o segundo pólo do Parkurbis estará pronto até ao princípio de Outubro, foi a electrificação da Linha da Beira Baixa. Luís Fiadeiro (PSD) apresentou uma moção, aprovada por maioria com 10 votos contra, onde se exeige que a electrificação da linha ocorra «antes da instalação de qualquer linha de alta velocidade no país, por uma questão de subsidariedade e solidariedade». Na resposta, Hélio Fazendeiro, do PS, que votou contra, considerou o documento – que será enviado ao primeiro-ministro e ao ministro dos Transportes – «pura demagogia», já que o assunto está a ser tratado pelo Governo. O deputado convidou ainda os restantes elementos da AM a «utilizar o comboio para ver as obras em curso».

Inaugurada nova estrada para Verdelhos e Sarzedo

A Câmara da Covilhã inaugurou no último domingo as obras de reconstrução da Estrada Municipal 501, que liga o Teixoso a Verdelhos e a Sarzedo. Os trabalhos realizados numa extensão de 13,5 quilómetros significaram um investimento do município de cerca de três milhões de euros, incluindo a rectificação e o alargamento da via, bem como da Ponte de Verdelhos. Armindo Rosa, presidente da Junta de Verdelhos, salientou a importância desta obra «de elevada exigência financeira». Por sua vez, Carlos Pinto realçou «a importante melhoria para as populações» que a estrada representa numa obra «com um significado muito particular» e que «era um desafio necessário» para fazer face ao isolamento. Recorde-se que parte da via agora melhorada tinha sido destruída pelas chuvas, em Outubro de 2006.

Ricardo Cordeiro

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