Após os promotores terem anunciado a desistência do empreendimento turístico da Quinta das Minas da Recheira, no Barco, a Câmara da Covilhã veio agora esclarecer a sua posição.
Relativamente a esta obra embargada, a autarquia informa, através de comunicado, que, «ao contrário do que foi veiculado pelo administrador da empresa que pretenderia implementar o referido “empreendimento”, o que está em causa, em primeiro lugar, é a legalização das operações urbanísticas executadas no local em violação das mais elementares normas legais e regulamentares, designadamente de âmbito administrativo, urbanístico e de ordenamento do território, sinalizadas desde agosto de 2016». No documento, o município esclarece ainda que o pedido de licenciamento para a concretização da obra apenas foi submetido em fevereiro deste ano e reitera que, até essa data, já tinham sido «executadas ilegalmente» operações urbanísticas. E acrescenta que «o projeto entregue encontrava-se mal instruído, com muitos elementos em falta e carecendo, por isso, de outras correções e esclarecimentos», justifica a autarquia. Apesar das acusações de Luís Sabido (de que a Câmara colocaria sucessivos «entraves» à realização da obra), o município da Covilhã afirma que «continua empenhada na captação de investimentos», mas salienta que não será «a qualquer custo, recusando categoricamente compactuar com a violação das mais elementares leis da República, como sucedeu no presente caso».