Há cinco “empresas gazela” nas Beiras e Serra da Estrela e situam-se nos concelhos da Covilhã, Fundão, Manteigas e Seia, de acordo com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC).
Esta designação é atribuída a empresas jovens «que num curto período de tempo apresentam um crescimento acelerado no emprego e no volume de negócios», explica a CCDRC em comunicado. No caso da região foram distinguidas a Engsolutions (Fundão), a Navigate Technologies e a Re-Inventar Soluções Imobiliárias (ambas da Covilhã), a Quintas de Seia (Seia) e a Trendburel (Manteigas). São empresas que se dedicam à engenharia, programação informática, mediação imobiliária, criação de ovinos e caprinos e tecelagem de fios tipo lã, respetivamente. Em 2018 foram identificadas 95 “empresas gazela” na região Centro, mais 16 por cento que no ano transato (82), que foram distinguidas pela sua «capacidade empreendedora» numa cerimónia que decorreu em Leiria na terça-feira.
Estas empresas são reconhecidas pelo seu «elevado potencial para gerar novos postos de trabalho», tendo em três anos triplicado o número de trabalhadores, que passou de 967 em 2014 para 3.063 em 2017, segundo um estudo que a CCDRC promoveu pelo sétimo ano consecutivo. Já o volume de negócios cresceu «de forma significativa (388 por cento) entre 2014 e 2017», tendo a faturação total passado de 66 milhões de euros em 2014 para 324 milhões em 2017. Em termos de distribuição geográfica, os concelhos de Coimbra e Leiria lideram com oito “empresas gazela” cada, seguidos de Aveiro (sete), Torres Vedras (cinco) e Viseu (cinco). A Guarda não nenhuma pela primeira vez em sete anos.
«Compreender o dinamismo e o sucesso destas empresas é uma prioridade para a região Centro e um importante indicador para as políticas públicas», afirma a presidente da CCDRC, Ana Abrunhosa, defendendo que importa multiplicar estes exemplos «numa região em que parte da sua riqueza reside na diversidade».