Nos últimos seis anos Portugal perdeu 150 farmácias, maioritariamente no interior do país.
No distrito da Guarda o número de farmácias em risco de fechar pode continuar a aumentar, já que 23,7 por cento destes estabelecimentos encontravam-se em situação de penhora e 6,8 por cento em insolvência em dezembro de 2018. Ou seja, a ameaça paira sobre 30,5 por cento dos estabelecimentos existentes. Em 2012 a percentagem total de farmácias em risco na Guarda era de 6,8 por cento. Ao todo são 680 estabelecimentos em risco – mais de um quinto do total do país –, a grande maioria dos quais situa-se em zonas de baixa densidade. Portalegre é o distrito com a maior percentagem de insolventes ou penhoradas (35 por cento), seguido de Santarém (30,6 por cento) e Guarda (30,5 por cento). Apesar das perdas, o número de farmácias em Portugal aumentou, com 200 novos estabelecimentos, maioritariamente em regiões do litoral. Os dados são da Associação Nacional das Farmácias (ANF), que apresentou na semana passada uma petição para “salvar as farmácias” com 120 mil assinaturas. O sector pretende estabelecer um novo acordo com o estado de forma a diferenciar as farmácias portuguesas e obter coesão territorial da rede.