O Conselho da Europa é a mais antiga instituição europeia em funcionamento, fundada a 5 de maio de 1949, cujos propósitos são a defesa dos direitos humanos, o desenvolvimento democrático e a estabilidade política e social do velho continente.
Durante a reunião desta instituição, que decorreu no passado dia 12 de fevereiro, em Estrasburgo, foi apresentado um relatório realizado por 12 organizações suas parceiras que conclui que a liberdade de imprensa na Europa «está no momento mais frágil desde o final da Guerra Fria».
A este propósito, o secretário-geral do Conselho da Europa, Thorbjorn Jagland, declarou que «a liberdade de expressão é crucial para a realização de todos os direitos humanos» e que o relatório apresentado deve contribuir para «melhorar o ambiente de liberdade de imprensa».
Sabemos que as tentativas de condicionamento da liberdade de imprensa não acontecem apenas com os outros, mas que essa é também uma realidade do quotidiano no nosso país. A esse propósito, têm sido muitas as intervenções e as declarações sobre o perigo que representa uma imprensa condicionada para o escrutínio de uma sociedade que se quer democrática e usufrutuária de todos os princípios de liberdade que lhe estão subjacentes.
Para mil, eu, dizia-se no Mileu. Quem da Guarda não conhece a lenda?
Agora, para mil, também se diz no interior, onde O INTERIOR é mil vezes lembrado, tantas vezes quantas as presenças que já conta junto dos seus leitores. São dezanove anos de uma adolescência novecentas e noventa e nove mais uma vez amadurecida, em milhões de palavras que têm sido a expressão da resistência ao condicionamento de poderes vários e um sinal evidente de capacidade de lidar com a pressão, a adversidade e a mudança. O INTERIOR tem bom nome e bom ar, daí ter-lhe sido possível assumir-se como uma brisa fresca num ambiente por vezes bafiento, onde o servilismo e a acomodação ao status quo promove a difusão de mensagens distorcidas de realidades esquecidas e deturpadas. Daquelas realidades, que não sendo a do O INTERIOR mil e uma menos uma vez lembrado e afirmado, são de um interior mil vezes prometido, mas mil e muitas vezes adiado e esquecido.
São mil edições e milhões de palavras… O interior está na moda e toda a gente fala do interior e também de O INTERIOR que resiste no interior.
O espaço de pluralidade que O INTERIOR representa é garantia de liberdade de expressão e de liberdade de imprensa num momento em que ela, lá (Europa) como cá (Portugal), se encontra seriamente ameaçada e numa situação de grande fragilidade.
O INTERIOR mil vezes afirmado, também se poderia chamar “O Resiliente” ou “O Independente”, daí que o meu desejo é que venham mais mil com a mesma natureza convincente.
Mil felicitações por mil edições.