O novo edifício do Centro de Saúde e do Serviço de Urgência Básica (SUB) de Vila Nova de Foz Côa foi inaugurado na sexta-feira, na presença de António Costa, acompanhado pela Ministra da Saúde, Marta Temido.
Na cerimónia inaugural, o primeiro-ministro garantiu que é «absolutamente fundamental que continuemos a investir cada vez mais nas pessoas que estão no interior». Só assim, na opinião de António Costa, a região consegue «oferecer ao país todo o potencial que tem».
No seu discurso, o chefe do Governo lembrou que, além de ser fundamental «ter boas vias de comunicação e bons incentivos para que as empresas se instalem e criem postos de trabalho, é essencial termos bons serviços públicos de proximidade», como os centros de saúde. O primeiro-ministro destacou ainda que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) tem de ser «cada vez mais uma porta de proximidade que leva os cuidados de saúde a cada pessoa». Por sua vez, Gustavo Duarte, presidente da Câmara de Vila Nova de Foz Côa, afirmou que o novo edifício é «a prova da nossa prioridade, porque também para nós as pessoas estão em primeiro lugar». O autarca aproveitou a ocasião para deixar alguns pedidos ao primeiro-ministro, como a colocação de uma placa no IP2 «que diga o património que aqui temos». Gustavo Duarte considerou também importante «o aumento da linha ferroviária até Barca d’Alva», no concelho de Figueira de Castelo Rodrigo, e reclamou a ligação rodoviária de Almendra a Barca d’Alva para «reduzir a distância de Foz Côa a Salamanca e atrair mais visitantes espanhóis ao museu e ao concelho».
Construído pelo município, no âmbito de uma candidatura ao Programa Operacional Regional Norte 2020, o Centro de Saúde representou um investimento de cerca de 1,5 milhões de euros. O SUB funciona com uma equipa de quatro médicos, oito enfermeiros, quatro assistentes técnicos e 11 assistentes operacionais. Para a ministra da Saúde «este equipamento permite não só melhorar o acesso das populações, mas também captar mais profissionais, na medida em que, sendo uma infraestrutura mais recente, oferece o desafio do trabalho, mais interesse e com melhores expectativas de progressão e desenvolvimento». Questionada sobre uma visita ao Hospital da Guarda, Marta Temido disse ainda não estar em agenda, mas acrescentou que será feita «muito para breve». Em relação às obras do Pavilhão 5, a governante adiantou que o assunto «está em cima da minha mesa para estudo e é um dos assuntos sobre os quais vamos conversar quando formos visitar o hospital Sousa Martins em breve».
Utentes agradados
Alguns fozcoenses fizeram questão de assistir à cerimónia inaugural do Centro de Saúde, que serve mais de 6.500 utentes, e mostraram-se agradados com o equipamento. Foi o caso de Teresa Guerra, residente na cidade, para quem «é vantajoso este novo edificio, porque deve estar apetrechado com novas tecnologias e equipamento adequado. As instalações são ótimas e têm capacidade para satisfazer as necessidades da população». Por sua vez, José Peixoto, natural de Vila Nova de Foz Côa, disse tratar-se de um «bom investimento» para a cidade e região: «Dá muito jeito, pois a cidade encontra-se no extremo do distrito da Guarda e as pessoas estão mais salvaguardadas em termos de assistência e socorrismo», declarou a O INTERIOR. Além dos serviços do Centro de Saúde, as novas instalações integram o SUB de Foz Côa, que funcionou até aqui em contentores. A fozcoense Maria Berta Garrido estava «muito satisfeita» com o novo edifício, pois «a maior parte das pessoas já são de uma certa idade e é útil estarem os serviços todos no mesmo local», justificou.