Região

BE questiona Governo sobre fecho de balcão dos CTT em Aguiar da Beira

Numa pergunta dirigida ao Ministério do Planeamento e das Infraestruturas, os deputados Heitor de Sousa e Ernesto Ferraz questionam se o Governo tem conhecimento do anúncio do encerramento daquela estação dos correios. Na pergunta enviada através da Assembleia da República, o BE interroga também se «está o Governo disponível para instar a administração dos CTT a parar com o encerramento de estações, pois já se percebeu que o anunciado e concretizado encerramento de 22 estações no 1.º trimestre de 2018 foi apenas o prenúncio de que a administração dos CTT se prepara para continuar esse caminho até ser obrigada a parar».

Segundo o BE, «o sucessivo encerramento de estações de Correios ocorre um pouco por todo o país, incidindo com maior incidência nas que se localizam no Interior». Para o partido, o Estado «vai, assim, se afastando, nas suas diversas formas de representação, das populações, que ficam privadas no seu acesso a um serviço de comunicações com que contavam desde há muito». Com os encerramentos, «agravam-se também todos os problemas de isolamento do Interior, acentuando-se a interioridade e as assimetrias no país que todos repetem querer combater».

Os deputados do BE referem ainda que, de acordo com dados recentemente fornecidos pela Comissão de Trabalhadores, «durante o presente ano, a administração dos CTT já encerrou cerca de 32 lojas CTT, todas elas substituídas por postos de correio, mas em alguns casos a Loja CTT mais próxima já fica a cerca de 30 km de distância».

Nos últimos três meses, o partido teve notícia de fecho de estações de Correio em Manteigas, Fornos de Algodres, Mondim de Basto, Murça, Vila Velha de Ródão, Belmonte, Vila de Rei, Riachos – Torres Novas, Vila Flor, Vila do Prado – Vila Verde, Terras de Bouro, Murça, Sabrosa, Tabuaço, Penedono, Armamar, Oliveira de Frades, São João da Pesqueira, Arraiolos, Mora, Avis, Portel e Aguiar da Beira, «todas localizadas no interior de Portugal». «Todos estes anúncios de encerramento, ou encerramentos consumados, são absolutamente intoleráveis e colocam toda em gente em sobressalto, parecendo integrar-se numa estratégia de lançar um alarme generalizado nas populações para que estas pressionem as autarquias a substituírem-se aos CTT na prestação de um serviço que lhe está contratualmente consagrado: o serviço público de correios, nos mesmos exatos termos com que o receberam das mãos do Estado», apontam Heitor de Sousa e Ernesto Ferraz.

Para o BE, «é preciso parar urgentemente com a agressão que a administração dos CTT está a promover contra o povo e o país, e ser o Estado a assumir diretamente a gestão e a propriedade dos CTT em nome da defesa do interesse público».

Sobre o autor

Ana Eugénia Inácio

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