José Pires Manso é o novo provedor do munícipe da Covilhã. O currículo, a personalidade e o prestígio do coordenador do Observatório Económico e Social da Universidade da Beira Interior (UBI) justificaram a escolha, segundo o presidente da Câmara da Covilhã.
No final da reunião extraordinária da última terça-feira, Vítor Pereira disse ter a certeza que Pires Manso «exercerá o cargo de forma isenta, objetiva, desapaixonada e a benefício da transparência que deve existir na governança municipal». O nome do novo provedor foi aprovado, por unanimidade, e a proposta será ratificada amanhã na Assembleia Municipal e só depois da tomada de posse será conhecido o horário de atendimento presencial aos munícipes. Criado no mandato anterior, o cargo volta a ser ocupado por um professor da UBI. O vereador do CDS-PP, Adolfo Mesquita Nunes, apresentou no mesmo dia dois requerimentos ao presidente da Câmara da Covilhã onde solicita informações destinadas a demonstrar a situação de «endogamia» e a existência dessas incompatibilidades, denunciadas na última reunião ordinária. Num dos requerimentos, o centrista solicita a indicação de todas as alterações ocorridas nos cargos de chefia dos serviços camarários, empresas municipais incluídas, desde outubro de 2017 até à data.
«O propósito é simples: mostrar à cidade as nomeações que têm sido feitas, denunciando os critérios familiares e de filiação partidária que têm sido utilizados», denuncia Mesquita Nunes. No segundo requerimento, o vereador pede a indicação «exaustiva» das ocupações e funções não autárquicas dos vereadores em regime de exclusividade, dos cargos sociais de que sejam titulares em sociedades públicas ou privadas e a cópia das suas declarações/comunicações ao Tribunal Constitucional e à Assembleia Municipal. O objetivo é «obrigar os vereadores a listar todas as situações que configurem incompatibilidade no exercício do cargo em exclusividade», refere o centrista.