Pedro Fonseca não gosta do projeto de requalificação do Largo da Misericórdia e manifestou-o na última reunião da Câmara da Guarda, realizada na segunda-feira.
Para o vereador do PS, «há espaços na cidade que já mereciam uma intervenção, que mereciam um investimento desta magnitude, não é o caso do Largo da Misericórdia, uma das zonas da Guarda de que mais gosto». Na sua opinião, o município deveria requalificar a Quinta da Maúnça, «que está desaproveitada e ao abandono», e a zona do antigo quartel dos bombeiros, junto ao centro comercial La Vie. «Não se deve requalificar só por requalificar, pois o que se pretende fazer é uma intervenção de fundo que elimina o que está para criar de novo», criticou o eleito da oposição, o único presente na sessão dada a ausência no estrangeiro de Eduardo Brito. Pedro Fonseca lamentou também que no site do município não haja «qualquer referência» ao período de discussão pública sobre esta requalificação nem esteja disponível o projeto, «o que é estranho», considerou o vereador, alertando que a intervenção vai «ter consequências no estacionamento».
O presidente da Câmara respondeu à crítica afirmando que «pode haver pessoas que gostem mais, outras menos, mas vamos fazer essa requalificação porque é um objetivo estratégico para a Guarda». Álvaro Amaro acrescentou que «todo aquele eixo central da cidade vai ficar mais atrativo» com as intervenções previstas no Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU), o documento que garante apoios para este tipo de obras. «Estamos a estimular mais vida para o centro histórico», declarou o edil, adiantando que o município está a trabalhar «numa ideia» para a Quinta da Maúnça e pondera colocar no mercado a construção e exploração de um restaurante panorâmico no final da Avenida dos Bombeiros. Nesta sessão, Pedro Fonseca elogiou o compromisso da autarquia na criação do Centro Tecnológico do Setor Automóvel na Guarda. «É um passo histórico para a captação de investimento e para afixação de pessoas. São este tipo de infraestruturas que dão à Guarda um aspeto diferenciador», disse o socialista, que admite ter «expetativas enormes» neste projeto.
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