Quase 19 anos depois de se filiar na JSD, Tiago Gonçalves é candidato à liderança da concelhia da Guarda do PSD cujas eleições ainda não têm data marcada. Na sexta-feira, o diretor de campanha de Álvaro Amaro nas últimas autárquicas formalizou a sua candidatura numa sede repleta de apoiantes.
Com o lema “A Guarda é a nossa missão”, o atual líder da bancada na Assembleia Municipal avança motivado pelas «grandes vitórias» de 2013 e 2017 e também pelos «grandes avanços e inúmeras obras» projetadas pelo executivo liderado por Álvaro Amaro. «O PSD faz obra e vai deixar marca», garantiu Tiago Gonçalves, que assume o desafio de mostrar «à Guarda que o PSD é um partido satisfeito mas inconformado». O candidato, que terá Júlio Santos como adversário, considera que a secção local terá de manter «bem acesa a chama da ambição» e será uma voz «ativa e empenhada» na reflexão sobre o futuro do concelho e na abertura à sociedade. Até lá, Tiago Gonçalves compromete-se a defender junto dos órgãos nacionais do partido a introdução do «fator território, aliado ao fator população», na distribuição dos círculos eleitorais para a Assembleia da República caso avance a reforma do sistema político. «Essa é a única forma de garantir uma representação condigna para os territórios interiores», justifica.
Outra das suas prioridades é defender políticas regionais integradas de discriminação positiva para o interior juntamente com outras concelhias. Internamente, quer fazer da concelhia da Guarda uma «referência nacional» em termos de militância. Questionado pelos jornalistas, o candidato considerou «infelizes» as declarações de Júlio Santos quando disse que o aparecimento de outra lista só poderia ser de «marionetas comandadas remotamente por alguém que se julgue dono do partido». Para Tiago Gonçalves, «há declarações que dizem muito sobre quem as profere», classificando o comentário do adversário como uma «tentativa de condicionar o aparecimento de outra lista» na concelhia.
Luis Martins