Em 2016, o município lidera destacadamente no interior Centro apesar do volume de exportações ter baixado mais de 30,9 milhões de euros relativamente ao ano anterior.
Em 2016 a Guarda continuou a liderar as exportações de mercadorias na CIM Beiras e Serra da Estrela, registando um volume de mais de 217 milhões de euros (ver quadro). O município é o mais exportador da região desde 2013, mas, de acordo com os dados do último Anuário Estatístico da Região Centro publicado pelo INE, a venda de bens e produtos ao exterior por parte das empresas da Guarda teve uma quebra de mais de 30,9 milhões de euros relativamente a 2015.
É a primeira vez que tal acontece, já que as exportações cresceram sempre desde 2013. Apesar disso, o concelho mantém a sua performance nesta área e lidera destacadamente no interior Centro graças sobretudo às empresas do setor dos componentes e cabos para automóveis, como a Coficab, a Dura Automotive, a Sodecia e a ACI. A Guarda continua a exportar mais que Coimbra (108.250.000 euros), Viseu (79.117.000) ou Castelo Branco (44.741.000), mas permanece longe do desempenho de concelhos como Ovar (769.544.000), Aveiro (633.950.000) e Leiria (576.609.000), os mais exportadores da região Centro. Por cá, o volume de exportações baixou em seis municípios (Aguiar da Beira, Belmonte, Celorico da Beira, Guarda, Sabugal e Seia), tendo-se ressentido mais na sede do distrito (menos 30,9 milhões).
Em 2016 também as empresas de Celorico da Beira venderam menos 4.340.577 euros ao estrangeiro comparativamente ao ano anterior, enquanto em Seia a quebra foi da ordem dos 3.351.755 euros. A quarta maior redução registou-se no Sabugal, que exportou menos 1.305.608 euros. As exportações cresceram nos restantes concelhos da região, com destaque para Gouveia onde os negócios no mercado internacional aumentaram 3.319.346 euros, seguido do Fundão com um aumento de 3.113.931 euros relativamente a 2015.
Luis Martins