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«Depois deste ano, nada poderá ficar como antes», diz António Costa

«Depois destes incêndios nada pode ficar como dantes», disse esta segunda-feira António Costa sobre a segunda tragédia provocada por fogos florestais que aconteceu nos últimos quatro meses.

Os incêndios do último domingo mataram pelo menos 36 pessoas no Norte e Centro do país. O primeiro-ministro pediu esta segunda-feira consenso político para a aplicação das recomendações da comissão independente aos fogos de junho e prometeu que, no fim dos incêndios, o Governo assumirá totais responsabilidades na reconstrução do território e reparação de danos.

O chefe do Governo começou por sublinhar que esta «é a maior vaga de incêndios desde 2006. Neste momento estão ativos 26 incêndios» e considerou que «temos um diagnóstico feito sobre o que deve ser feito. Temos de mudar o modelo e vamos fazê-lo». Quatro meses depois da tragédia de Pedrógão Grande, António Costa estabeleceu diferenças com a nova tragédia com 36 mortos. «Pedrógão é caso único pela dimensão trágica que um só evento conseguiu gerar. Ontem tivemos mais de 500 ocorrências. Temos de pôr em prática as recomendações dos peritos».

O primeiro-ministro acrescentou que, por ora, o momento é «de luto e de manifestar solidariedade às famílias. Todos sentimos a sua angústia, aflição com que viveram as últimas horas. Devemos ter um palavra de solidariedade para elas. E também uma palavra de alento a todos os operacionais, bombeiros, militares, guardas florestais, autarcas e todos os operacionais no terreno».

António Costa não falou sobre a permanência da ministra da Administração Interna no cargo, mas adiantou que «este não é o tempo das demissões, mas sim das soluções» e prometeu abertura à existência de um mecanismo «ágil» para compensar as famílias das vítimas dos incêndios florestais. «O Governo assumirá todas as responsabilidades que tiver de assumir», garantiu o chefe do Executivo.

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