Vinte e sete por cento das farmácias do distrito da Guarda estão em situação de insolvência e penhora, revela o mais recente estudo da Associação Nacional das Farmácias (ANF).
De acordo com o barómetro do CEFAR (Centro de Estudos e Avaliação em Saúde), divulgado na segunda-feira, a Guarda é o segundo distrito com a maior percentagem de farmácias naquelas situações, depois de Portalegre (32,6 por cento), tendo «quase quadriplicado» o número de casos relativamente aos 6,8 por cento registados em 2012, adianta a ANF. A nível nacional, uma em cada cinco farmácias portuguesas está em situação de insolvência ou penhora, o equivalente a 591 estabelecimentos, segundo dados oficiais da associação do setor. O CEFAR analisou a situação das farmácias desde final de 2012 até abril deste ano, num total de mais de 2.900 estabelecimentos, tendo concluído que em quatro anos e meio registou-se um aumento de 247 por cento no número de insolvências – 61 farmácias em 2012 para 212 em abril de 2017. Para a ANF, «as dificuldades financeiras do setor colocam em causa a cobertura farmacêutica nacional, a rede de saúde de proximidade à população e o acesso ao medicamento».