Núncio pescou um peixe enorme que abrenúncio, quase arrancava a corda da cana. Fez-se anúncio da coisa e todos aguardaram no cais a chegada do monstro que Núncio pescara. Era um brioso peixe com dez metros de comprido, um enorme corpo cheio como ouriços. Tinha picos. Havia os bicos de Bava na subespécie PT. Havia pontas de Espírito Santo e lá mais para a cabeça presença de Varas. Tudo isto são formações num corpo voraz de um peixe enorme que devora os cardumes nos mares. Núncio chegou feliz com a proeza incrível. Aplausos imensos. Nem no cio dos alces crescem tanto as manadas. Eles eram aos milhões à procura da fatia. Todos se lançaram ao pescado para arrancar seu bocado. O peixe anunciado desfez-se num instante. Esta noite há festa em muitas casas. Anuncio Senhor esta vã magia de tirar do mar um ser tão vil. Núncio herói. Núncio comandante de navio. Mas no dia seguinte, descobriram com pasmos e dor de ventre que o peixe comera o cardume das caravelas e brotava veneno aos molhos. Eles contorciam-se do manjar e acorriam em bandos às salas das urgências. Com surpresa descobriram algumas fechadas, outras pejadas, outras sem meios para lhes valer. Abrenúncio que fomos traídos. O mágico Núncio é um inimigo agora. O especialista falhou. Devia ter espreitado para dentro da pança do monstro que tudo tragava e engolia. O mar estava vazio no lugar de onde o arrancaram da água. Agora Núncio é mau. Como é ondulante esta melodia.
Por: Diogo Cabrita