Mário Patrão partiu para América do Sul com o objectivo de ficar no top 20 do Rali Dakar.
O piloto sabia que não seria uma competição fácil e vinha de uma lesão grave que o obrigou a parar durante sete meses, o que, consequentemente, condicionou a sua preparação para prova “rainha” do todo-o-terreno mundial, mas nem isso o impediu de alcançar aquilo a que se tinha proposto. Terminou na 20ª posição da geral e por isso considera que a sua participação «foi muito positiva». Ainda a recuperar da lesão, Mário Patrão sabia que «não podia deitar tudo a perder», mas mesmo assim conseguir ser regular na competição. «Tentei encontrar o meu ritmo, sem cometer muitos excessos para não comprometer a minha prova e o meu trabalho», declarou a O INTERIOR.
Durante o rali, que decorreu entre o Paraguai, Bolívia e Argentina, foi convidado para estar junto da equipa oficial da KTM FACTORY, de forma a dar algum suporte e ajuda em etapas chave, como é o caso da maratona. O piloto de Paranhos da Beira (Seia) considera que «foi feito um bom trabalho nessa etapa», tendo conseguido que todas as motas da equipa fossem ao bivoac seguinte. «Este era um dos meus objectivos e foi um dos trabalhos que me foi pedido pelos responsáveis da KTM», revelou. Mário Patrão reconhece também que «as motos, muitíssimo fiáveis, facilitaram muito o nosso trabalho». No final o sentimento foi de «satisfação» e há agora novos projetos, embora todos dependam de uma recuperação a cem por cento e passem pelo Nacional de todo-o-terreno, que vai correr «com a ambição de vencer», sublinha o piloto da KTM. Mário Patrão quer ainda entrar no troféu de navegação, bem como fazer algumas rondas do Nacional de enduro e de motocross e do campeonato mundial de Ralis. Tudo isto tem um objectivo maior: «Servir como preparação para o Dakar de 2018», anuncia.