O senhor presidente da Câmara da Guarda Álvaro Amaro, no âmbito das suas funções, mais uma vez contribuiu para a época festivalesca que tem sido uma constante do seu mandato.
Desta vez, apoiou presencialmente, em 17-12-2016, na Associação Cultural e Recreativa de Vila Mendo, freguesia de Vila Fernando, onde se promovia o Caderno de Memorias Nº2 com vários autores e relatos referentes a antigos hábitos e maneiras de vida na freguesia. Esta povoação de Vila Mendo encontra-se de momento em obras, promovidas pela Câmara da Guarda, por forma a ser dotada de água ao domicílio (vulgo instalação de contadores), em cada habitação que o solicite, contra o pagamento de 530 euros.
De momento, a aldeia tem abastecimento público, de captação própria, junto ao respetivo tanque comunitário de lavagem de roupa (ainda).
Com as obras em curso, prevê-se a ligação individual às condutas municipais, já instaladas, de abastecimento de água ao domicílio. E os esgotos? O que diz a Câmara da manutenção das fossas existentes?
Sem a construção de uma estação elevatória nunca vai ser possível a Vila Mendo utilizar a ETAR de Vila Fernando. Neste mesmo ano de 2016, na anexa de Quinta de Baixo, foram instalados 72 contadores (pela Câmara) para abastecimento de água ao domicílio sem que, no entanto, fosse feita a ligação aos esgotos através das duas caixas elevatórias já existentes, construídas no tempo da Águas do Zêzere e Côa.
Mesmo com caixas elevatórias já construídas por outros, na Quinta de Baixo não se prevê a conclusão das obras (para onde vão os resíduos?).
Mais uma razão para os habitantes de Vila Mendo desconfiarem da qualidade daquilo que lhes é proposto.
Na qualidade de natural da freguesia de Vila Fernando não me revejo nestes meios termos de obras inacabadas nas respetivas anexas quando, na cidade, as festas são uma constante. Assim, presumo que não é por falta de verba que esta Câmara assume as “obras inacabadas”.
* Título da responsabilidade da redação
Leitor devidamente identificado, Vila Fernando