Ainda não há data para a reabertura da sala de TAC (tomografia axial computadorizada) no Hospital da Guarda. A administração da Unidade Local de Saúde (ULS) confirmou que foi detetada radiação acima do normal na cabina de monitorização deste tipo de exames, pelo que o serviço está encerrado desde o dia 13. Os doentes estão a ser encaminhados para a CEDIR, um centro privado de exames de diagnóstico na Guarda.
O hospital possui um outro aparelho de TAC, que está antiga Urgência, mas a sua utilização foi inviabilizada por estar desmontado e necessitar de uma revisão antes de ser usado dado que não trabalha há «algum tempo», apurou O INTERIOR. Em conferência de imprensa, realizada na segunda-feira, Carlos Rodrigues, presidente do Conselho de Administração (CA) da ULS, garantiu que a situação está a ser tratada e que não oferece «perigosidade» para a saúde. «Tomámos todas as precauções possíveis e, em princípio, os técnicos não vão fazer exames para rastrear risco», sublinhou o responsável. O caso foi despoletado quatro dias antes após um teste rudimentar com uma moeda realizado pelos técnicos do serviço – que têm dosímetros para avaliar os níveis a radioatividade – porque uma colega estava grávida. «Esse teste deu uma dosagem de radiação superior e foi feita nova medição por uma empresa especializada que confirmou a existência de um nível de radiação superior ao normal junto ao vidro de observação», disse Carlos Rodrigues.
O presidente do CA adiantou que o auditor interno já está a apurar responsabilidades e que uma empresa dos SUCH está a avaliar a situação e vai reparar «a anomalia». Ao que tudo indica, o problema poderá estar no vidro separador, que terá sido substituído em julho de 2014 no decurso de obras e não terá a espessura exigida para a potência dos equipamentos usados. «Até agora nunca houve qualquer situação anómala com os níveis de radiação», reiterou o presidente do CA, segundo o qual, «a solução» passará pela substituição do vidro. Atualmente, apenas os exames de TAC excecionais são realizados no Hospital da Guarda. O aparelho de TAC está a funcionar desde 2014, altura em que o Hospital Sousa Martins ocupou novas instalações.
Luis Martins
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