Olá a todos e bom ano. A primeira edição do Audiofiili de 2015 é uma edição extensa, indo ainda buscar aquele que foi o melhor álbum de 2014, que em muitos casos já saiu fora do tempo para entrar nos tops.
Falo de “Black Messiah”, de D’Angelo. O artista R&B que já estava fora do ativo há 14 anos voltou no final de dezembro para levar 2014 com ele. Sumariamente, “Black Messiah” é um álbum cheio de ótimas vibes presentes em “Ain’t That Easy”, “Sugah Daddy” e “Betray My Heart”, sem nunca esquecer a música que vai buscar referências ao passado montado num DeLorean, a “Back to The Future”. Em segundo lugar, Panda Bear volta aos discos depois do Tomboy. Aquele que é o habitante português mais importante para música contemporânea internacional regressa com um álbum luxuoso, evocando sonoridades típicas do seu outro projeto, os Animal Collective. Do título “Panda Bear Meets The Grim Reaper” retira-se para a posterioridade “Crosswords”, “Lonely Wanderer” (que mais poderia ser uma faixa do tão aclamado Sung Tungs), “Príncipe Real” e “Tropic Of Cancer”, que é uma séria candidata a música do ano. E digo isto seriamente. Oiçam esta última peça e digam de vossa justiça. Em terceiro lugar, também as Sleater-Kinney voltam ao ativo depois de 13 anos sem que qualquer disco visse a luz do dia. “No Cities To Love” foi editado em janeiro pela Sub Pop Records e apresenta-se como um regresso glorioso da banda de Portland – “The dream of 90’s is alive in Portland”. Recordar-se-ão como hinos ao punk de 2015 tanto “Price Tag”, como “Surface Envy” e “Bury Our Friends”. Em último lugar, também a islandesa Björk regressa ao mundo dos álbuns. Desta vez com a ajuda na produção de Arca e Haxan Cloak. “Vulnicura” é um álbum enorme, de tremenda densidade musical vindo especificamente das colaborações adjacentes ao álbum. “Atom Dance”, “Family”, “History Of Touches”, “Lion Song” e “Not Get” são as faixas recomendadas. E pronto caro leitor, já tem com que se entreter para as próximas semanas. Até à próxima.
João Gonçalves