2014 foi um ano prolífico para a música portuguesa. Pop, rock, electrónica, alternativa… foram vários os estilos e projectos novos, para além de colaborações, que surgiram no panorama musical português. Nesta rubrica procurámos divulgar e levar mais além o trabalho de grandes bandas e projectos musicais com sede no nosso país. Prosseguindo com esse objectivo neste novo ano, que agora começa, tentaremos, de igual forma, dar voz e visibilidade aos artistas nacionais. E que melhor maneira de começar um novo ano com um disco de grandes malhas?
«Boa noite. Bem-vindos a Sesimbra e ao “Ventos Animais”». É assim que Adolfo Luxúria Canibal abre o sexto disco ao vivo dos Mão Morta. Masterizado em Outubro de 2014 por Zé Nando Pimenta no Estúdio MeiFumado, em Vila Nova de Famalicão, sendo depois lançado a 28 de Novembro, conta com actuações dos anos 2008 e 2009, durante a digressão “Ventos Animais”, que passou por cidades como Sesimbra, Porto, Torres Vedras, Braga, Guimarães e Lisboa.
O disco, com 10 temas, tem a duração de 46:48 minutos e junta êxitos como “Budapeste (Sempre a Rock & Rollar)”, “Oub’lá”, pela primeira vez gravados ao vivo, ou “Chabala”.
O desejo de Rock’n’ Roll aquando da tournée dos Ventos Animais levou a que a banda de Braga gravasse alguns concertos, porque há muito que não o faziam e porque havia temas que nunca tinham gravado ao vivo. Esse desejo de rock & rollar ficou, assim, registado neste CD, que abrange álbuns como “Corações Felpudos”, “Mutantes s.21”, “Há Já Muito Tempo Que Nesta Latrina o Ar se Tornou Irrespirável” e ainda “O.D., Rainha do Rock & Crawl”.
O desenho da capa é da autoria de Valter Hugo Mãe, com lettering de Andreia Alves Mendes.
E porque para abraçar o futuro, é essencial não esquecer o passado, é este disco que vos sugerimos nesta edição. Boas escutadas e bom ano novo!
Fernanda Fernandes*
*Mestre em Comunicação e Jornalismo pela Universidade de Coimbra
** A autora optou por não escrever ao abrigo do novo acordo ortográfico
