O Externato de Nossa Senhora de Fátima, em Manteigas, deverá mesmo encerrar portas e os alunos já foram informados de que vão transitar para o Agrupamento de Escolas da vila e começarão a ter aulas na EB 2,3 a partir da próxima segunda-feira. Quanto aos docentes do Colégio, o município acredita que ainda poderão beneficiar de uma colocação administrativa.
Na última segunda-feira, a Câmara de Manteigas publicou no seu site um comunicado que enviou sobre a situação do Externato ao Diretor Geral dos Estabelecimentos Escolares, à Diretora Geral da Administração Escolar, ao Chefe de Gabinete da Secretaria de Estado do Ensino e Administração Escolar e à Diretora Regional de Educação do Centro. Nessa missiva, o município sublinha que nas reuniões realizadas com o Diretor Geral e o Senhor Secretário de Estado «foi salientado que, caso não fosse viável a alternativa de continuação do funcionamento do Colégio com nova entidade, se admitia como razoável e justificável, a bem da estabilidade e continuidade pedagógica, uma colocação administrativa contemplando os professores que atualmente lecionam no Colégio». A autarquia sustenta ainda que «uma vez que os professores do Colégio estão disponíveis para este tipo de solução, apesar da diminuição significativa de vencimentos e de horários reduzidos», pelo que volta a solicitar que «sejam ponderadas as mais valias da colocação administrativa, que garantiria a manutenção dos melhores níveis de qualidade do ensino, evitando-se ruturas na aprendizagem, com consequências muito nefastas para a aprendizagem dos alunos». Três dias antes, a autarquia deu a conhecer um novo comunicado que enviou às mesmas entidades, onde salienta ter acabado de «obter informação oficiosa do iminente encerramento do Colégio», uma solução que «contraria as expectativas criadas pelo Ministério da Educação sobre a possibilidade de funcionamento do Colégio com nova empresa com manutenção dos postos de trabalho». A edilidade presidida por José Manuel Biscaia frisa que, «a confirmar-se esta informação», conclui que nas «insistentes comunicações por escrito» da Câmara, bem como nas reuniões realizadas com o Secretário de Estado e os Diretores Gerais, «não foi tida em conta a posição e a recomendação» do município «para que o Colégio se mantivesse aberto». A autarquia continua «convicta de que não foi tomada a melhor decisão» e lamenta que até ao momento não tenha «sequer recebido uma palavra de quem mal geriu este processo».