As organizações regionais do Partido Comunista Português (PCP) de Aveiro, Viseu e Guarda manifestaram-se na semana passada contra «qualquer tipo de portagens» na futura A25, a qual é considerada uma «via estruturante» para o país e para a região. O PCP reforça a sua crítica ao Governo questionando se esta medida integra «os incentivos que preconiza para beneficiar as empresas situadas no interior do país, já há muito votadas ao abandono».
Mas os Executivos PS também não escapam, com os comunistas a recordarem que os mesmos foram, «na devida altura», criticados aquando da introdução das portagens virtuais, o que proporcionou a actual opção governamental. Segundo um comunicado conjunto, este novo imposto a pagar vai «submeter empresas, instituições públicas e particulares, associações e outras estruturas perante custos agravados» que irão proporcionar o aumento dos abandonos e encerramentos de empresas. As organizações Regionais do Partido Comunista Português consideram a futura A25 como uma «via decisiva para a economia regional e nacional», dado registar o maior tráfego de entradas e saídas de mercadorias no país por terra. Afirmam, por outro lado, que esta «ameaça» cada vez mais próxima vai «condenar os agentes económicos destes distritos a ficarem completamente cercados» por um conjunto de vias todas pagas «sem alternativas válidas», como é o caso de Aveiro ou mesmo de Viseu. O PCP reafirma a sua «total oposição» à implementação de portagens, não encontrando qualquer justificação no facto da duplicação do IP5, pois era uma necessidade «exigida há muito tempo pelo seu grande congestionamento e perigosidade que provocou um sem número de vítimas». O comunicado salienta também o facto de não existirem alternativas a esta via rodoviária estruturante, porque a EN16 e a EN17 (Estrada da Beira), consideradas como opções, apresentam «debilidades estruturais devido à ausência de intervenção dos sucessivos Governos».