O comércio internacional continua a desempenhar um papel importante na economia nacional, embora tenha abrandado no segundo trimestre deste ano. Entre abril e junho, as exportações cresceram 6,8 por cento em termos homólogos, abaixo dos 11,5 por cento registados no primeiro trimestre.
Segundo os dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), as exportações de bens em Portugal aumentaram 6,8 por cento no segundo trimestre deste ano, enquanto as importações diminuíram 8,3 por cento. Destes números resultou desagravamento do défice da balança comercial no valor de 1973,1 milhões de euros. O saldo entre exportações e importações ronda agora os 2351,8 milhões de euros.
Apesar de se ter mantido a tendência de crescimento nas transações comerciais com o estrangeiro, o ritmo da subida abrandou comparativamente ao primeiro trimestre do ano, quando as exportações registaram um crescimento de 11,5 por cento.
Esta desaceleração resulta do agravamento da crise da dívida e da deterioração económica nos nossos principais parceiros comerciais, que fazem parte da zona euro. Paralelamente, a quebra acentuada do consumo e do investimento está a acentuar a queda das importações. Depois de uma diminuição de 2,4 por cento no primeiro trimestre, as compras de bens ao exterior estão agora a cair 8,3 por cento.
Olhando apenas para o mês de junho, o comportamento das vendas ao exterior é positivo e mostra mesmo uma subida, sobretudo graças ao aumento das vendas de combustíveis minerais para os parceiros comunitários. No global, as exportações cresceram 9,2 por cento em termos homólogos, o que compara com o aumento de 8,2 por cento registado no mês anterior.
Em termos mensais, ou seja, quando comparado com o mês anterior, as vendas ao exterior registaram, contudo, uma quebra de 2,1 por cento, devido ao decréscimo no comércio extracomunitário, com menores vendas de combustíveis minerais, veículos e outro material de transporte.