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Assunção “caçula” Cristas parte a loiça

A extinção da Parque Expo é o primeiro grande ato de governação deste governo (o resto já estava no memorando da troika). É caso para dizer que a caçula do governo, Assunção Cristas, deu o exemplo. Agora, espera-se que este seja o mote para o fim das milhentas Parques Expo que vampirizam o Orçamento de Estado.

É um costume dos políticos e mandatários cá do sítio: “olhem, vamos ali fazer uma mega empreitada, mas aquilo vai ter um custo mega pequeno. Melhor ainda, pá: a obra, por artes mágicas, ainda vai dar mega lucros aos mega cofres do nosso mega Estado” . Foi assim com a Expo 98, foi assim com o Euro 2004. Resultado final desta parlenda? Temos por aí uma mão cheia de monstros-de-betão-que-supostamente-são-estádios e uma Parque Expo que, 13 anos depois, ainda acumula dívidas (umas centenas de milhões de euros, cousa pouca). A Parque Expo, como todas as empresas públicas, funciona como um vírus e, por isso, multiplicou as suas tarefas além do concebível e criou e manteve coisas sem a mínima utilidade. O que fazer com o Pavilhão de Portugal? Aquela marina tem utilidade? Eis, portanto, um belo exemplo da grandiosa utilidade das empresas públicas: multiplicar os empregos para quem-tem-acesso-ao-número-de-telemóvel-do-poder. Ainda bem que Assunção Cristas trabalha com o telemóvel desligado. Ainda bem que a caçula do governo acabou com uma das rendas que sufocam o idiota do contribuinte.

A Parque Expo é um símbolo do Portugal que se afundou na má governação, aquela governação que sugou o dinheiro dos contribuintes, aquela governação que, uma vez extinto o dinheiro dos impostos, mergulhou no paraíso da dívida. Esperemos que o resto do governo siga o exemplo da Assunção “caçula” Cristas.

Por: Henrique Raposo

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