Foi um jogo de emoções fortes o que ditou a permanência do Sporting da Covilhã na Liga de Honra. Quando já poucos acreditavam na manutenção, no quarto e último minuto do tempo de compensação, Milton marcou o golo decisivo que salvou a formação serrana e “atirou” o Varzim, que foi ganhar a Oliveira de Azeméis, para a IIª Divisão.
A precisar de, pelo menos, um resultado igual ao do Varzim, os “leões da serra” foram obrigados a sofrer até ao último instante. O “tranquilo” Aves até foi a primeira equipa a rematar à baliza, mas Serginho opôs-se bem. Na resposta, Vasco Varão atirou cruzado ao lado. Aos 8’, os visitantes voltaram a criar perigo com Lourenço a forçar o guardião serrano a uma boa intervenção. O Covilhã tomou então conta do jogo e, aos 15’, Rincón marcou, mas o lance foi invalidado pelo árbitro. Volvidos poucos minutos, Amessan rematou perto do poste e aos 34’ foi Rincón que desperdiçou uma boa ocasião. No segundo tempo, o Covilhã entrou com vontade de marcar cedo e, logo aos 46’, Rincón, em boa posição, rematou por cima. Do lado do Aves, Lourenço era o homem em maior destaque e voltou a tentar a sua sorte, desta feita com um remate de longe. Serginho não conseguiu agarrar e permitiu a recarga a Tozé Marreco, mas para defesa do guarda-redes local.
Bruno Severino, que substituiu Vasco Varão aos 61’, poderia ter marcado pouco depois de ter entrado. Seguiu-se Amessan, que voltou a rematar perto da trave. Na resposta, aos 69’, o Aves criou perigo num livre de Pedro Pereira. Aos 92’, Gonçalo viu o segundo amarelo e Bruno Severino, de livre à entrada da área, forçou Rui Faria a uma excelente defesa. Na sequência do canto, após um toque do guardião Serginho, que tinha subido no “tudo por tudo” de Tulipa para chegar ao golo, a bola chegou até Milton que, ao segundo poste, atirou de primeira para um excelente golo que provocou uma “explosão” de alegria entre adeptos e atletas serranos. No final, Tulipa era um treinador satisfeito, embora ainda desconheça se vai continuar a orientar o Covilhã: «Os jogadores foram os grandes responsáveis por isto porque acreditaram até ao fim e porque na última ação de jogo acreditaram que era possível conseguirmos o nosso objetivo. Foi um jogo de muita tensão que valia uma época. Agora vou festejar, não penso no futuro», declarou o técnico do Covilhã.
