No próximo domingo, os cidadãos da Guarda, tal como do país em geral, são chamados a votar, decidindo, democraticamente, quem passará a governar o país e quem nos representará no órgão mais expressivo do nosso sistema democrático, a Assembleia da República.
Por muito que a forte propaganda socialista e governativa desvie as atenções para pormenores, desvirtuando as propostas dos outros partidos, especialmente do único que se apresenta como alternativa de poder, quem vai ser julgado pelos portugueses é um governo e um primeiro-ministro que conduziram o país para uma situação de verdadeira insolvência e que exigiu um plano de resgate. E, como já é recorrente na nossa história democrática, quando se impõe a recuperação económica do país, o modelo socialista é incapaz de dar respostas, impondo-se chamar o Partido Social Democrata ao governo.
Face à dificílima situação do país, mais do que nunca, impõe-se ser realista e falar a verdade. É inaceitável que o primeiro-ministro, candidato novamente, fale do Serviço Nacional de Saúde, da educação, das questões sociais e das leis laborais como se o país não estivesse na situação em que se encontra e não tivesse assinado um acordo que o país tem de cumprir sob pena de não se recuperar e assistirmos a uma situação idêntica à da Grécia.
Se a nível nacional a penalização deste governo e deste primeiro-ministro se me depara incontornável, esperando que, do voto dos portugueses, saia uma alternativa de responsabilidade para a recuperação do país, a nível local, a Guarda também tem razões para castigar este poder com muitos “José Sócrates” a multiplicar promessas e expectativas, sem concretização.
É ou não verdade que, na Guarda, se criaram elevadíssimas expectativas de desenvolvimento económico e social dada a proximidade politica e pessoal dos agentes políticos locais com os governantes nacionais, em especial com o primeiro-ministro?
Seria ou não legítimo e exigível que a Plataforma Logística fosse uma verdadeira âncora no desenvolvimento local e regional?
Seria ou não expectável que, continuando a Delphi a laborar em Portugal, se mantivesse na Guarda?
Seria ou não exigível que a Guarda, geograficamente central, se impusesse política e estrategicamente como a capital da principal porta da Europa?
Nada disto aconteceu apesar de todas as promessas e dos aproveitamentos eleitorais de tão grande proximidade!
Está na altura de sermos exigentes e penalizarmos quem merece, concedendo o benefício de ser diferente a quem pode ser alternativa!
Por: Manuel Rodrigues
* Presidente da concelhia da Guarda do PSD