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Bloco de Esquerda aposta em «gente da terra»

António José Baptista quer intrometer-se entre PS e PSD e ser eleito deputado

A eleição de um deputado pelo círculo da Guarda é o grande objetivo do Bloco de Esquerda para as legislativas de 5 de junho. A candidatura liderada por António José Baptista apresentou a equipa completa e algumas das suas prioridades para o distrito na última sexta-feira na Torre de Menagem, na Guarda.

O cabeça-de-lista assegura que a equipa «lutará pela eleição de um representante do BE contra os políticos do costume e a sociedade por eles moldada que nos conduziu à situação que hoje vivemos». Do mesmo modo, assegura que os candidatos «não pretendem fazer da política profissão», daí que, em caso de eleição, «vão revezar-se no Parlamento, entregando a instituições a diferença do salário de deputado em relação ao que ganham atualmente na sua vida profissional». A lista é ainda composta por Luís Moura, Patrícia Monteiro, Bruno Andrade, António Martins, Maria Joana Braga, Ana Costa e Nuno Leocádio. O mandatário é Liberto Silva. Trata-se de «gente da terra, disposta a representar a sua região e a contribuir para a melhoria das condições de vida neste distrito, tão afastado das discussões na Assembleia da República e tão mal representado nos anteriores mandatos pelos deputados eleitos pelo PS e PSD».

Entre os objetivos traçados para a campanha, o candidato aponta o «fortalecimento da votação do Bloco» e «aproveitar o momento eleitoral para estimular os simpatizantes a entrarem para o partido, ampliando a sua capacidade de intervenção a nível local». Na campanha, assegura, «apesar do magro orçamento disponível, vamos privilegiar o contacto com as pessoas nos locais onde elas realmente estão». António José Baptista promete que um deputado eleito pela Guarda vai «lutar pelo interior» onde existe «um país com várias realidades», sendo que a regionalização «tem que ser o mote para uma melhor gestão territorial, em especial no interior». Neste sentido, as notícias sobre a redução do número de concelhos e de freguesias são «mera intoxicação da opinião pública». «Só uma regionalização adaptada às especificidades dos vários “interiores” pode relançar o desenvolvimento equilibrado de um interior cada vez mais desertificado por políticas erradas», considera, defendendo a união das «duas Beiras numa região entre o Douro e o Tejo, de forma a, em conjunto, potenciar o seu desenvolvimento». Dois «vetores âncora de desenvolvimento» são o turismo, onde «quase tudo está por fazer» e a agricultura, um «diamante em que tem que haver uma verdadeira revolução».

Ricardo Cordeiro Alguns dos candidatos do BE com o mandatário Liberto Silva

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