Um jipe ardeu por completo e outro carro foi vandalizado na madrugada da passada quinta-feira, na Guarda, alegadamente num ato de vingança contra um segurança que trabalha num dos bares da cidade. Ao que O INTERIOR apurou, as autoridades já terão identificado o principal suspeito, um menor que integra um dos gangues que semeou violência no verão passado.
O alerta de fogo num carro foi dado por volta das quatro da manhã pela vizinhança da Rua Mártires de Timor, junto à Escola Secundária da Sé. Quando chegaram ao local, os bombeiros deram com um jipe Land Rover já praticamente destruído pelas chamas, enquanto alguns metros ao lado descobriram um Audi A3 com riscos profundos, feitos com uma telha, chapa amolgada e sem espelhos retrovisores nem limpa-pára-brisas. Ambos os veículos pertenciam a Hugo Brito, coordenador de uma empresa de segurança privada que trabalha em eventos e nalguns bares da cidade. Segundo o proprietário, o caso estará relacionado com uma intervenção dos seguranças da sua empresa durante a Semana Académica da Guarda, há duas semanas, que impediu que um grupo de indivíduos agredisse um estudante.
A PSP tomou conta da ocorrência, mas a investigação passou para a Judiciária, que já identificou o principal suspeito. Trata-se de um menor, já referenciado pelas autoridades por causa da violência protagonizada por gangues juvenis no centro histórico da cidade no verão passado. A tese da vingança é a principal pista que os investigadores estarão a seguir, até porque vítima e alegado suspeito são “velhos conhecidos” e já terão protagonizado algumas cenas mais duras num dos bares do centro histórico. A investigação prossegue entretanto. Curiosamente, essa noite também ficou marcada por assaltos a oito cafés e restaurantes da cidade, de onde furtaram tabaco, bebidas e algum dinheiro, ocorrências que a PSP está também a investigar. Já na tarde de dia 10, um indivíduo assaltou à mão armada uma casa de compra de ouro usado e pratas antigas, a funcionar há mês e meio na Póvoa do Mileu. O assaltante atuou de cara tapada e com luvas pretas, tendo ameaçado a funcionária, que estava sozinha na loja, com uma pistola após o que conseguiu levar cerca de mil euros em dinheiro. O caso já está a ser investigado pela PJ da Guarda. Mais sorte tiveram os proprietários de um supermercado situado no largo do mercado municipal da cidade na madrugada de segunda-feira. É que os assaltantes fugiram do local sem levar nada devido à chegada de uma patrulha da PSP, que tinha sido alertada pelo sistema de alarme do estabelecimento.
