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Norberto Gonçalves e a avaliação dos professores*

Cego, não é aquele que não vê… Pensava eu que o meu colega Norberto Gonçalves, até por respeito para com os colegas, iria meditar calmamente no que escreveu e que poderíamos, depois disso, trocar alguns argumentos sobre o tema. Tenho que reconhecer que me enganei, até porque de imediato passou ao ataque.

O que ressalta da resposta de NG, e estou a fazer uma interpretação restritiva da insinuação, é que eu terei dificuldades na leitura e interpretação. (…)

É claro que li o texto que escreveu, o tal dos cacos (…), até porque aludo ao que lá refere sobre a avaliação e depois até pergunto, embora não tenha obtido qualquer resposta, o que esperava, então, da manutenção e aplicação do modelo.

(…) Na verdade, o que NG não aceita é que os partidos da oposição possam ganhar mais uns votos por conta desta e, assim sendo, ele entende que estes partidos não se deveriam intrometer. Uma posição verdadeiramente coincidente com a de Sócrates.

(…)

Quanto aos ruidosos silêncios, o colega sabe do que fala, pois nestes seis longos e negros anos, excetuando o tal artigo dos cacos, não se lhe conhece qualquer intervenção ou crítica pública da situação. (…).

Isto da língua portuguesa é um cabo dos trabalhos, como refere, mas a matemática apresenta-se como um verdadeiro cabo das tormentas. É que ainda que a auto-estima do colega se encontre no nível máximo, a verdade é que, de forma nenhuma, conseguirá, o caro colega, valer por mil e assim, acrescentando a sua pessoa aos 120 mil que estiveram em Lisboa, apenas conseguirá o número de cento e vinte mil e… um, muito longe, portanto, dos cento e vinte e um mil das suas contas.

* título da responsabilidade da redação

Manuel Mariano, professor

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