As condições de vida da família da bebé do ano, nascida ao primeiro minuto de 2011 no Hospital Sousa Martins, poderão conhecer melhorias significativas em breve. Em parceria com a autarquia de Figueira de Castelo Rodrigo, o Governo Civil da Guarda está a desenvolver esforços para arrancar com as obras de remodelação da habitação onde vivem pais e irmãs da pequena Diana, num total de cinco pessoas.
«Assim que tivermos o orçamento, o Governo Civil irá movimentar-se no sentido de cumprir um objetivo que tem desde o dia em que fizemos a visita à casa da Diana». Esta é a garantia deixada por Santinho Pacheco, que visitou a família em Escarigo poucos dias depois do nascimento da bebé e logo se prontificou a ajudar a família que vive numa garagem. O edifício é a sua casa há oito anos e tem poucas condições de habitabilidade. «Por razões humanitárias, era importantíssimo movimentarmo-nos junto de todas as instâncias que nos pudessem ajudar, no sentido de muito rapidamente avançarmos com obras que dignifiquem o espaço onde aquela família está a habitar», justifica Santinho Pacheco.
A Câmara de Figueira de Castelo Rodrigo disponibilizou-se a fazer o projeto de arquitectura – que já está acabado –, faltando apenas a orçamentação, a desenvolver pelos técnicos da autarquia. «A partir daí, em dois ou três dias faremos os contactos necessários e tenho a certeza que vamos encontrar os apoios que precisamos», acredita o responsável, que não tem dúvidas em afirmar que se trata de «um caso mediático, cuja resolução tem de ser emblemática, o processo não se pode arrastar». Santinho Pacheco considera mesmo que «se aquela criança teve a felicidade de ser o primeiro bebé a nascer em 2011, acabando por ter a visibilidade que teve devido a esse acaso, devemos pegar nisso e chamar a atenção para este tipo de situações. Não vamos fugir dessa responsabilidade», promete.
Garantida que está já a colaboração da Caritas, o Governador Civil da Guarda espera ter o projeto orçamentado em mãos ainda esta semana, para se deslocar a Escarigo na semana seguinte e acertar com o pai da Diana, proprietário da garagem, os detalhes da intervenção. Quanto ao “regime de exceção” que esta ação pode encerrar, Santinho Pacheco admite que «deve haver muitas situações idênticas, mas tem que se começar por algum lado», refere. «Independentemente de surgirem outros pedidos, não iremos deixar este caso. O Governo Civil não irá por de lado qualquer hipótese para haver condições de dignidade na habitação daquela família», reitera.
Será também providenciada uma habitação provisória enquanto decorrerem as obras, processo que será tratado entre o presidente da junta de Escarigo, o presidente da autarquia de Figueira de Castelo Rodrigo e a Segurança Social. Paralelamente a estes melhoramentos, a família de Diana poderá ainda recorrer a dois apoios disponíveis na autarquia local – o regulamento de apoio a estratos sociais desfavorecidos e o regulamento de apoio à maternidade. «Preenchendo os requisitos, a Câmara irá apoiar esta família, tal como apoia outras com dificuldades. Agora, se houver ajuda por parte de outras entidades – como foi este o caso, por parte do Governo Civil – torna-se mais fácil», explica Sandra Pereira, vereadora com o pelouro da Ação Social e Habitação da autarquia de Figueira de Castelo Rodrigo.
Veja a reportagem da habitação da bebé do ano em: www.ointerior.tv
Rafael Mangana 
