O que muda e o que fica.
Estamos num mundo em completa transformação e a nossa escola é bem testemunho desta transformação.
Para melhor, dizem uns, para pior, dizem outros. Considero que para melhor, embora num ou outro aspecto a transformação possa não ter sido de acordo com o nosso gosto, o nosso sentir e muito se afasta da nossa memória e daquilo que por vezes nos dava algum encanto. Como diz o ditado “nem oito nem oitenta”. O “pátio das hortênsias” apenas existirá na nossa memória. O espaço está a ser transformado e o betão a dar lugar ao que dantes foi um agradável jardim. Éramos presenteados em cada primavera pelo desabrochar das hortênsias e o olhar aí encontrava o regalo nos verdes e na riqueza das cores e tons da natureza. Costumo dizer que “o belo na criação humana está no seu enquadramento com a natureza”. Pergunto: com esta transformação onde fica a natureza? Apenas um solitário azevinho a quem não vale a pena estender muito as raízes, pois a parte permeável apenas fica reduzida a um círculo de sensivelmente um metro. Apelo, a quem de direito, para dar um pouco mais espaço ao nosso planeta terra (canteiros) que necessita de respirar e que em troca nos dará melhor qualidade de vida.
Texto e fotos de Paula Ferreira (professora)