A Câmara da Covilhã criticou, em comunicado, as declarações de Santinho Pacheco que, à margem da sua mensagem de Ano Novo, defendeu «uma gestão nacional do Centro de Limpeza de Neve da Serra da Estrela», contrariando assim o entendimento da autarquia vizinha.
Confrontado, na semana passada, com a opinião do presidente Carlos Pinto, que defendeu que fosse aquele município a gerir o Centro de Limpeza de Neve, o Governador Civil da Guarda respondeu que «qualquer Câmara gostaria de gerir um equipamento com cinco ou seis limpa-neves para depois acudir mais rápido no seu território. Para não dar aso a preferências, faz sentido que haja uma gestão nacional». É precisamente esta visão que a autarquia covilhanense vem agora criticar: «Apesar das diatribes do Governador Civil, a Câmara da Covilhã continuará a insistir na necessidade de se pôr cobro à gestão à distância do Centro de Limpeza de Neve». No comunicado, critica-se a «inoperacionalidade do centro», uma vez que em muitos nevões as estradas de acesso à Torre são encerradas. Segundo o mesmo documento, foi no seguimento de «mensagens de cidadãos insatisfeitos» com o acesso à Serra que a autarquia da Covilhã «propôs e mantém» a disponibilidade de gerir o equipamento.
O município não poupou críticas e volta a colocar em causa a utilidade do cargo que ocupa Santinho Pacheco. E faz ainda um apelo ao ministro da Administração Interna, para que «relembre ao Governador as poucas competências que a lei lhe confere, designadamente as de não se intrometer e dividir a região».