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Oposição acusa Câmara da Guarda de «pagar favores políticos»

Em causa a abertura de concurso para a contratação de 17 técnicos superiores

Os vereadores do PSD na Câmara da Guarda acusam o executivo socialista de estar a abrir concursos para técnicos superiores de modo a «pagar favores políticos feitos em campanha eleitoral». Na resposta a um dos assuntos debatidos na última reunião da autarquia realizada na passada segunda-feira, o presidente da autarquia garante que o município está a actuar de acordo com a legislação em vigor que obriga à abertura de concursos para os funcionários que têm contratos a termo certo.

Recorde-se que a autarquia abriu recentemente concurso público para a contratação de 17 técnicos superiores, tendo um entretanto sido anulado. Rui Quinaz salienta que «quando verificamos os requisitos das licenciaturas, nomeadamente em Psicologia das Organizações, Engenharia Agrária, Sociologia, Relações Públicas, Comunicação Empresarial questionamos para que é que a Câmara tem necessidade destes técnicos superiores». O vereador da oposição salienta que «já questionávamos o número de funcionários», recordando que o executivo «aprovou a hipótese de contratação de 178» trabalhadores e «estes são funcionários que entre outros poderão ser contratados». De resto, salienta que «não deixamos de achar irónico que a Câmara da Guarda tenha necessidade de licenciados, por exemplo, em Engenharia Agrária», salientando que «na altura foi dito que o alargamento do quadro de pessoal seria justificado pelo aumento dos serviços prestados, por exemplo, no Parque Urbano do Rio Diz». «Falou-se na altura de jardineiros, mas não consta que tenham sido contratados jardineiros mas técnicos superiores nestas áreas e nós só entendemos isso por razões de campanha eleitoral e por pagamentos de favores políticos», acusa.

Perante estas afirmações, Joaquim Valente considerou a intervenção de Rui Quinaz «muito infeliz», assim como «um falar de cor, um sonho e um absurdo», uma vez que a oposição «pode consultar todos os actos administrativos que são feitos nesta casa». O edil explica que «na contratação pública há pessoas que têm contratos a termo certo e outros que não o têm», sendo que o que se está a fazer «é pôr a concurso todos os contratos que estavam a termo certo». «Pela lei anterior eram renováveis automaticamente, mas pela lei actual é necessário abrir concurso», reforçou, assegurando que «não há aumento dos postos de trabalho», uma vez que «o que se está a fazer é regular e regulamentar a componente contratual dos funcionários». Perante a justificação dada pelo autarca da Guarda, Rui Quinaz tem «muitas dúvidas, mas isso verificar-se-à no próximo ano quando se constatar quantos funcionários foram efectivamente admitidos».

Ricardo Cordeiro Rui Quinaz tem «muitas dúvidas» de que os concursos terão como destinatários actuais funcionários da autarquia

Oposição acusa Câmara da Guarda de «pagar
        favores políticos»

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