A requalificação do posto da GNR de Celorico da Beira é «um bom exemplo da entreajuda que o ministério espera ter das autarquias para a construção de quartéis e esquadras das forças policiais», sublinhou, no sábado, o ministro da Administração Interna após inaugurar o edifício.
A empreitada custou 610 mil euros ao Estado e vai permitir o regresso dos guardas ao antigo quartel que foram forçados a abandonar, há cerca de oito anos, devido a inúmeras infiltrações de água na estrutura e à degradação das instalações. Rui Pereira considerou que esta reabilitação tornou «as instalações funcionais e permitirá à GNR trabalhar com todas as condições». Por sua vez, José Monteiro, autarca local, recordou ter sendito «vergonha» quando assumiu a presidência da Câmara pelas «condições indignas» em que trabalhava a GNR em Celorico. «Hoje, acho que cumpri a promessa de as melhorar», acrescentou. Curiosamente, a inauguração do posto territorial – na antiga cadeia da vila, junto ao jardim de Sta. Eufêmia – aconteceu 90 anos após a instalação da GNR em Celorico da Beira. Desde 2003 que a Guarda estava albergada na cave dos Paços do Concelho após ter sido transferida, dois anos antes, para um edifício municipal em frente à Câmara. A construção de um novo quartel foi inicialmente ponderada, mas logo abandonada devido a restrições orçamentais.
Quanto a novas obras no distrito, Rui Pereira revelou que está a ser elaborado o projecto de adaptação de um edifício do Ministério da Agricultura para acolher o posto da GNR de Trancoso. «Prevê-se que em Agosto seja lançado o concurso para o início das obras», disse o governante, admitindo que, no caso da Guarda, os técnicos ainda têm em mãos o estudo prévio das futuras instalações do comando distrital. Mais complicada está a solução para a sede do comando da PSP na Guarda, já que prosseguem conversações com a autarquia para a permuta de um terreno que permita a sua construção.