O Sporting da Mêda não quis correr os mesmos riscos da época passada, em que viu o Fornos “roubar-lhe” o campeonato na última jornada, e venceu de forma convincente em casa dos vizinhos Pinhelenses. Contando com o apoio de muito público desde o apito inicial, os novos campeões distritais marcaram cedo, à semelhança do ano passado em Vila Nova de Tazem, mas desta feita o desfecho foi diferente e os medenses puderam festejar o primeiro título de campeão distrital da sua história.
A primeira explosão de alegria aconteceu logo aos 11’, quando Camilo, à boca da baliza, cabeceou certeiro após um livre de Ivo. A equipa da casa tentou reagir, mas foi a Mêda que voltou a estar perto do golo aos 29’ por Ivo, que atirou fortíssimo um pouco por cima da baliza. Aos 35’, após cruzamento da direita, Rui Mendo antecipou-se a Guerra e afastou o perigo. Contudo, na sequência do canto apontado por Rogério, Pura aproveitou uma falha de marcação para aparecer sozinho na pequena área e desviar para o fundo das redes. No início da segunda metade, os Pinhelenses pareceram entrar com vontade de conseguir, pelo menos, reduzir a desvantagem e estiveram muito perto de o fazer por duas vezes. Primeiro, aos 55’, após um livre de Tiago na esquerda, Tavares cabeceou ao poste esquerdo da baliza de Carlitos.
Volvidos quatro minutos, Adegas, partindo de posição duvidosa, serviu Milhano que viu o seu companheiro Vítor tirar-lhe autenticamente o “pão da boca”. A aparente reacção da equipa da casa ficou-se por aqui e, aos 69’, Camilo quase fez o terceiro da Mêda. Bruno largou uma bola que parecia fácil e o médio visitante rematou à meia volta ligeiramente por cima. Até que aos 81’, após novo livre de Ivo, Camilo aproveitou mais um falha de Bruno para bisar e fixar o resultado em 0-3. Nota positiva para o trio de arbitragem, comandado por Sérgio Melo.
No final da partida, o técnico da equipa que na próxima época vai fazer companhia ao Fornos de Algodres na IIIª Divisão Nacional estava bastante emocionado: «Desde o início que assumimos a candidatura. Ultrapassámos muitas dificuldades, castigos e lesões. Ao fim de tantos anos como jogador e três anos e meio como treinador, é bom ver, finalmente, tanta gente contente e a festejar o título», disse Filipe Martins. Pelo lado da equipa da casa, Paulo Baptista assegurou que a sua equipa «tudo fez para alcançar um bom resultado», endereçando os parabéns ao adversário, que, em sua opinião, foi «um justo vencedor».
Ricardo Cordeiro 
