-Que grandes alterações se verificaram recentemente nos Serviços Administrativos?
– A saída recente de vários funcionários por concurso a Chefes de S. A. levou a que ficassem áreas vazias. E implementámos então um novo método de trabalho, com a criação de gestores: cada funcionário tem agora de dominar todas as áreas. Pessoal, Alunos, Expediente, eram áreas que até agora estavam entregues a certas pessoas, que se especializavam nesses assuntos. Agora toda a gente tem de conhecer mais coisas, tem de se preparar mais. Mas este método tem a vantagem de, quando sair alguém, permitir a qualquer pessoa pegar no serviço dela sem problemas, já que está dentro de todos os assuntos. De qualquer modo, a tesouraria e a contabilidade continuam entregues a dois funcionários específicos. Mas essas áreas passam depois a outros por rotatividade.
Entretanto cada professor ou cada aluno têm o seu gestor e é a ele que se dirigem para qualquer assunto.
-E este novo esquema de trabalho agrada aos funcionários?
-Sim, eles estão mais satisfeitos do que antes, porque, embora tenham mais diversidade de trabalho, colaboram mais e aprendem mais coisas. No atendimento, cada pessoa que atende não dá nada a fazer aos outros, faz ela tudo.
-As saídas enfraqueceram os serviços?
-Sim, evidentemente, no princípio. Depois tudo retoma o caminho normal.
-Não se prevêem entradas?
-Não, aliás a política actual é de reduzir funcionários e não se prevêem entradas.
-A informatização dos serviços está completa?
-Nós temos todos os programas, mas há ainda melhorias a introduzir. Há ainda coisas que temos de fazer manualmente. Por exemplo pedem-nos agora o balanço social e há muitos aspectos em que o programa não faz cálculos e eles têm que ser feitos manualmente para depois serem introduzidos.
-Esta época é uma altura de muito trabalho?
-Para além do trabalho de todos os dias, há alturas de mais trabalho: são as épocas de matrículas, inscrições para exames, introdução de notas de exame, colocação de professores, etc. Agora, é uma altura que podemos chamar “normal”.
-Já se colocou alguma vez a hipótese de os professores serem atendidos ao guichê dos S. A. em vez de entrarem pelos Serviços dentro?
-Colocou-se em determinada altura mas actualmente a legislação prevê o contrário. Os serviços devem favorecer a proximidade com os utentes e por isso tanto os professores e funcionários como os alunos vão poder aceder à secretária do seu gestor. Depois das obras os Serviços vão ficar abertos e livres para a circulação dos utentes. Já há escolas que adoptaram este sistema. Quando vierem pessoas de fora da escola, haverá uma escala para atendimento.
-A mudança por causa das obras vai trazer problemas?
– A mudança de instalações vai trazer algumas complicações mas acreditamos que depois tudo será melhor. Os S. A. vão agora para o actual espaço da EAE (Equipa de Apoio às Escolas) e esta irá para um monobloco dentro do recinto.
-Quantos funcionários administrativos temos?
-Somos 10 nos Serviços. Para além destes 10, temos ainda uma pessoa dos Serviços no CNO (Novas Oportunidades) e outra no Centro de Formação de Escolas.
Ivone Martins, Chefe dos Serviços Administrativos