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A falácia dos portefólios

PERSPECTIVA: UMA MODA?

Como Portugal é um “país de modas”, sempre importadas, importámos mais uma, a moda dos portefólios: assim, nas escolas, professores e alunos têm de organizar os seus.

Mas, o que é e para que serve um portefólio? É uma pasta ou um dossier contendo elementos significativos do trabalho do aluno / professor que realizou ao longo do ano lectivo ou de um ciclo e serve para o aluno construir o seu conhecimento, auto-avaliar-se e também, como instrumento de avaliação sumativa do professor.

Será que o dossier de disciplina do aluno / caderno diário, não é um portefólio? No meu entender pode ser porque ele é um diário de aprendizagem onde o aluno coloca os testes de avaliação, os trabalhos realizados, as pesquisas, os relatórios, os esquemas, as composições, os comentários, reflexões… Ora, o portefólio tem a mesma composição e finalidade.

Claro que a selecção do material a incluir no portefólio deve ser da responsabilidade do aluno e do professor, por isso, este deve orientar o aluno na sua organização, coisa que nem sempre acontece.

Também a elaboração do portefólio pode ser uma “batota” porque o aluno pode recorrer ao “copy paste” de textos e trabalhos, a partir da Internet. Por outro lado, muitos professores pedem a elaboração de portefólios e não o valorizam pois, na hora de atribuir nota de final de período, apenas têm em conta a classificação dos testes.

Apesar de tudo, a sua elaboração, de forma honesta, é útil, porque leva o aluno a adquirir e desenvolver competências fundamentais. Todavia, exige-lhe muito tempo e trabalho, daí os professores terem de o valorizar mais quando o exigirem. A sua classificação é difícil e complexa.

Cristiana Santos (10.º A)

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