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Ver a beleza

2 CLICHÉS, 150 PALAVRAS

A essência está, com certeza, no desmedido e indelével conjunto de registos de infância repleto de caras feias, impaciência e largos sorrisos amarelos. Nessa altura a fotografia era uma coisa de adultos, paciência e máquinas limitadas a 24 hipóteses por rolo para contar histórias.

Agora não.

Agora não há limites, regras ou qualquer necessidade de método ou organização.

É pura imagem, conceito, sentimento. Motivo que me obriga a trazer sempre comigo a máquina fotográfica, a necessidade infindável, frenética e insatisfeita de absorver, fixar e perpetuar sensações em forma de imagens.

Confessada admiradora de pessoas, da imprevisibilidade e multiplicidade estética de expressões e ideias, é esse o assunto, por excelência, das minhas fotografias em http://sufiahms.viewbook.com.

Vi, observei e admirei muitos trabalhos fotográficos mas só mais tarde comecei a fotografar, primeiro desinteressada e desinteressantemente e depois com premência mas sempre, e ainda, sem qualquer método.

Olhar e ver bonito, num mundo deteriorado, feio e pobre. Olhar e ver a beleza da humanidade incessantemente errática.

Sofia Rodrigues, ex-aluna da Escola

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