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O mundo necessita de limites

JOANA VALENTE, 2ª CLASSIFICADA NO PRÉMIO RIACHO

Que mensagem querias passar com o teu texto?

Tentei transparecer a importância da linguagem e do diálogo na vida humana, realçando todas as vertentes das palavras, na medida em que são a chave dos enigmas mais vulgares que surgem durante a nossa existência. É visível também uma forte crítica ao massacre e a banalização que a nossa língua tem vindo a sofrer. Gostava de agradecer ao meu professor de Português que numa aula nos propôs uma oficina de escrita, que tinha como título: “As Palavras de Um Dia” onde redigi parte do texto.

O que escreves habitualmente? Que hábitos de escrita tens?

Escrevo frequentemente. Vejo a escrita como uma forma de desabafo, escrevo para expressar sentimentos, emoções, vivências diárias. A escrita é a amiga em quem mais confio, pois tenho a certeza de que ela guarda os segredos mais preciosos como ninguém.

Qual a última narrativa que leste e o que achaste?

Um dos últimos livros que li chamava-se: “Ps: I love you”, de Cecilia Ahern. Relatava uma história de amor que me fez pensar um pouco acerca de todas as relações interpessoais. Achei uma narrativa bastante emocionante.

A escola é fixe? A Escola pode ser fixe?

A escola é uma segunda casa para onde me dirijo com prazer, sei que ela é a base do meu futuro e além disso sinto-me bem com grande parte das pessoas que me rodeiam e com o ambiente que me proporcionam as mesmas.

Se te aparecesse o Obama pela frente…

Resumidamente dir-lhe-ia que o Mundo em geral necessita de uma grande reviravolta desde os níveis económico-sociais até aos políticos. Acho que não caminhamos no caminho certo enquanto toda a sociedade mundial se encontrar corrompida e degradada como se tem vindo a constatar.

A fama atrai muita gente: gostavas de ser famosa?

Não é um dos meus sonhos e muito menos um objectivo de vida. No futuro espero sentir-me realizada. Se a minha carreira, o meu empenho e esforço acarretar a fama, terei de aprender a lidar com ela (embora não veja, de todo, grandes vantagens nisso).

Quais as férias que gostas (gostarias) de fazer?

As minhas férias dividem-se entre os amigos e a família. Outro ponto fundamental é também a descoberta de novos conhecimentos. E só assim considero que tive umas verdadeiras férias.

Gostavas de ser gato? Porquê ou porque não?

Considerando essa possibilidade não acho grande ideia. Os gatos deixam-se levar pelo instinto e são muito superficiais nas relações com os outros. Apenas com racionalidade podemos agir com responsabilidade e correctamente. Quanto à afinidade nas relações acho que é importante reconhecer aqueles que os ajudam.

Fechas os olhos e aparece o teu anjo da Guarda. O que lhe pedes?

Se acontecesse pedia-lhe força e segurança para atingir os meus objectivos e concretizar os meus sonhos, para me guardar um futuro feliz com todas as pessoas de quem gosto.

A máquina do tempo está à tua disposição: para que época vais?

Voltava apenas à infância, quando a vida parecia de uma facilidade incrível e não eram conhecidas invejas ou conflitos. Idade da inocência e ingenuidade. Mas, reflectindo melhor, é bem melhor deixar correr a vida ao sabor da vontade, deixando-a construir aquilo que somos.

O Mundo está mau, não está?

A cada dia que passa a situação piora, a crise económica e social são cada vez mais preocupantes e as previsões de melhora são completamente ignoradas. O Mundo necessita de limites, é urgente disciplinar a sociedade desde os mais poderosos àqueles que vagueiam pelas ruas. Actualmente o facilitismo é um bem vulgar, e esta é uma tarefa árdua de muita responsabilidade que dificilmente será aplicada por alguém que neste momento detém o poder.

O mundo necessita de limites

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