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PJ da Guarda apanha ladrões violentos

Três dos quatro assaltantes foram detidos em Lisboa três horas depois de roubarem ourivesaria do Fundão

Numa operação-relâmpago, a Polícia Judiciária (PJ) da Guarda deteve, na semana passada, três dos assaltantes à mão armada de uma ourivesaria do Fundão. O roubo aconteceu a meio da manhã de dia 6 e três horas depois os suspeitos foram presos na zona de Benfica, em Lisboa. O quarto, também residente na zona da capital, continua a monte.

Eram cerca das 10 horas quando três encapuzados irromperam pela ourivesaria Bela Jóia, junto à Praça Velha. O proprietário, Carlos Oliveira, ainda tentou fugir e fechar-se noutra sala, mas foi agarrado e ameaçado com uma arma branca. Os ladrões começaram por exigir a abertura do cofre, mas acabaram por partir três expositores e levar diverso material em metais preciosos e relógios de elevado valor, num montante não divulgado. Pelo meio ainda dispararam vários tiros para o ar para afastar os populares que entretanto tinham acorrido ao local. Consumado o roubo, o trio entrou no carro, roubado e com matrícula falsa, conduzido por um quarto elemento, e arrancaram a grande velocidade rumo à auto-estrada A23. Alertadas as autoridades, GNR e PJ meteram-se em campo e acabaram por localizar o carro junto ao centro comercial Fonte Nova, já na capital, onde foi interceptado com a colaboração de inspectores da Directoria de Lisboa da Judiciária e agentes da PSP.

Ao serem abordados, os suspeitos ofereceram resistência, tendo um deles conseguido fugir, pelo que foi necessário efectuar «vários disparos de intimidação» com o objectivo de os imobilizar. Segundo um comunicado oficial, um dos tiros feriu «sem gravidade» o fugitivo numa perna, enquanto outro assaltante refugiou-se num salão de cabeleireiro onde foi capturado antes de poder, «eventualmente, utilizar as pessoas ali presentes para escapar à acção das autoridades», refere a PJ, sublinhado a «perigosidade» dos detidos. Nesta operação, «cujo êxito se deve a uma cooperação exemplar entre as várias forças policiais», acrescenta fonte da PJ, foram recuperados relógios e objectos em metais preciosos ainda etiquetados. Mas também a viatura usada no roubo, «a qual tinha sido roubada, há pouco tempo atrás, de forma violenta», mais um revólver devidamente municiado.

De acordo com a polícia, os três assaltantes, com idades compreendidas entre os 23 e 40 anos, todos residentes em Lisboa, têm «um longo currículo» de crimes violentos contra o património e já cumpriram penas de prisão efectiva por roubo e furto. Na passada quinta-feira, o juiz do Tribunal do Fundão decretou a sua prisão preventiva após o primeiro interrogatório judicial. Indiciados por um crime de roubo, o trio foi conduzido ao estabelecimento prisional da Covilhã. Entretanto, prosseguem as diligências para localizar e deter o quarto elemento do grupo. Fonte judicial, citada pela Lusa, revelou que a ideia deste assalto foi sugerida um dos elementos do grupo, natural da freguesia de São Vicente da Beira (Castelo Branco). «Há a ideia de que os assaltos na província são mais fáceis de concretizar», terá dito em tribunal.

Luis Martins «Há a ideia de que os assaltos na província são mais fáceis de concretizar», terá dito um dos detidos em tribunal

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