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Mário de Carvalho ganha Prémio Vergílio Ferreira/Consagração

Júri da primeira edição deste galardão justificou escolha com «o percurso e a obra» do romancista

Mário de Carvalho ganhou a primeira edição do Prémio Literário Vergílio Ferreira/Consagração, anunciaram, na sexta-feira, as promotoras deste galardão, instituído pela Câmara de Gouveia e pela Universidade de Évora. O vencedor foi divulgado na abertura dos Ciclos Vergilianos, que juntaram investigadores, docentes e estudiosos da obra de Vergílio Ferreira durante dois dias na “cidade-jardim”.

A escolha do júri foi justificada com «o percurso e a obra» do autor, entre outros romances, do multi-premiado “Um Deus passeando pela brisa da tarde”. O prémio Vergílio Ferreira/Consagração, com o valor monetário de cinco mil euros, será entregue a 20 de Junho, numa sessão agendada para a Biblioteca Municipal homónima, em Gouveia, que guarda o espólio do autor de “Manhã Submersa”. O júri desta primeira edição foi constituído por Luís Guerra e José Alberto Machado (professores da Universidade de Évora), José Carlos Seabra (docente da Universidade de Coimbra) e por Joaquim Lourenço, vereador da autarquia gouveense. Nascido em 1944, Mário de Carvalho estreou-se na literatura em 1981, tendo publicado regularmente desde então numa grande diversidade de géneros, que vão do romance, ao drama, passando pelos contos e os guiões para teatro.

Dono de uma escrita extremamente versátil, a crítica especializada considera-o um dos mais importantes ficcionistas da actualidade. Recebeu diversos prémios, nomeadamente o Grande Prémio da APE (romance) 1995, o Prémio Fernando Namora 1996 e Prémio Pégaso de Literatura do mesmo ano para “Um Deus passeando pela brisa da tarde”. Em 2004 venceu o Grande Prémio de Literatura ITF/DST. A ligação entre Gouveia e Évora deve-se ao facto de terem sido duas cidades que muito influenciaram a vida e a obra de Vergílio Ferreira (1916-1996), um dos grandes nomes da literatura portuguesa. O romancista nasceu em Melo, freguesia no sopé da Serra da Estrela, onde está enterrado, e leccionou durante muitos anos no liceu de Évora, antes de prosseguir a carreira docente em Lisboa.

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