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Ilda Figueiredo quer CDU mais forte na Guarda

A directiva dos cuidados de saúde transfronteiriços foi um dos temas abordados pela candidata ao Parlamento Europeu

A cabeça de lista da CDU às eleições europeias, Ilda Figueiredo, considerou no domingo, depois de uma acção de pré-campanha no centro da Guarda, que existe «um bom ambiente» nas ruas da cidade, que «tem que ser expresso no voto» no dia 7 de Junho, para uma alternativa à «actual política injusta». A eurodeputada disse ser importante conseguir um bom resultado no distrito neste primeiro acto eleitoral do ano, para que os próximos sejam também de sucesso.

Ilda Figueiredo, que tem sido visita frequente à Guarda, salientou, num almoço que juntou cerca de 60 militantes e simpatizantes num restaurante da cidade, que o partido «tem muito trabalho feito nesta região, apesar de ainda nem sequer ter conseguido um deputado na Assembleia da República». A deputada comunista no Parlamento Europeu exortou os militantes e simpatizantes do distrito a ajudarem a construir um bom resultado nas europeias, para depois – numa alusão à falta de cobertura mediática por parte das televisões – pedir para que se «substituam à televisão que não temos». Antes, durante a manhã, Ilda Figueiredo contactou com a população no centro da cidade, apresentando a lista que encabeça como sendo a solução para «a luta pelos direitos das mulheres», ao focar que a maioria dos elementos são do sexo feminino, e ainda para «mais justiça social» num «país que é o mais injusto da União Europeia».

Na rua e também no almoço, a eurodeputada salientou que «há duas propostas de directivas gravíssimas na Europa que têm de ser travadas», referindo-se à questão dos cuidados de saúde transfronteiriços e à alteração do horário médio semanal de trabalho e do conceito de período inactivo de tempo de permanência – tema que disse que o PSE e PPE estão a debater nos bastidores da Europa e que vão voltar a apresentar de forma «maquilhada». A comunista falou por várias vezes naquilo que considera ser «a destruição do Serviço Nacional de Saúde», onde «só quem tiver dinheiro terá direitos», e «num ataque à classe trabalhadora». «Lá [Parlamento Europeu], PS, PSD e CDS calam-se bem caladinhos e depois vêm para cá dizer que tem de se seguir as directivas da UE», criticou. No seu discurso ainda houve espaço para referências «à crise que é sempre para os mesmos» e à necessidade de acabar com os paraísos fiscais. Ilda Figueiredo classificou de «lamentável» que haja nove mil milhões de euros de portugueses em paraísos fiscais, defendendo o pagamento de um imposto elevado.

A eurodeputada esteve durante a manhã nas ruas do centro da cidade

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