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Acta suspeita continua por esclarecer na Câmara da Guarda

Na quarta-feira será apresentada uma transcrição da gravação da reunião de 28 de Janeiro

Ainda não foi desta que ficaram esclarecidas as suspeitas levantadas, há três semanas, pelos vereadores do PSD de adulteração da acta da reunião de Câmara de 28 de Janeiro – em que foi apresentado o relatório final da comissão de averiguações aos projectos de engenharia de José Sócrates na zona da Guarda.

A falta de um computador inviabilizou, na passada quarta-feira, a audição da gravação dessa sessão, tendo ficado decidido que na próxima reunião do executivo, no dia 25, será apresentada a transcrição do referido CD. Mas este paliativo não satisfaz a oposição: «Estamos fartos destes jogos da maioria socialista. O que se está a passar não tem explicação e é anedótico, mas não é com este tipo de jogadas que se vai esclarecer a verdade», criticou Ana Manso no final. A vereadora social-democrata já admite que o assunto «é mais de polícia e de investigação» de procedimentos que considera «estranhos e lamentáveis».

Para o presidente do município, tudo não passa de um «folhetim» que se recusa a alimentar. «Tudo o que os vereadores falam para o microfone fica gravado, sempre se fez assim. Se falta algo é porque alguém se esqueceu de o ligar», justificou Joaquim Valente, desvalorizando a coincidência da polémica ter estalado na estreia de um novo equipamento de recolha de som nas sessões de Câmara. «Foi adquirido, porque o anterior já era antigo e estava desactualizado», disse. No início do mês, Ana Manso denunciou que a acta da reunião de 28 de Janeiro tinha sido «adulterada» e não correspondia ao que se passou nessa sessão.

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