Na figura 2 acontece o contrário: é Dezembro e o hemisfério Norte está menos iluminado pelo Sol, sendo, por isso, o menos aquecido. Inicia-se o Inverno no hemisfério Norte: solstício de Dezembro.
A Terra demora 365 dias e 6 horas a completar uma volta em torno do Sol. Como um ano convencional tem 365 dias ao fim de 4 anos, tem que se acrescentar mais um dia (6h x 4 = 24 h = 1 dia), originando um ano bissexto.
O tempo de permanência do Sol acima do horizonte é diferente nas várias estações do ano: os dias são mais longos na Primavera e no Verão e são mais curtos no Outono e no Inverno.
Para cada hemisfério:
-No solstício de Verão ocorre o dia mais longo e a noite mais curta.
-No solstício de Inverno ocorre o dia mais curto e a noite mais longa.
Há apenas dois dias do ano em que os dias e as noites têm a mesma duração em todo o planeta: nos equinócios de Março e Setembro. Nas regiões sobre os círculos polares, no solstício de Verão não há nascer nem pôr-do-Sol no horizonte: o Sol é visível no céu durante 24 horas. É o chamado “Sol da meia-noite”. Nos pólos há seis meses de dia e seis meses de noite.
Como podemos verificar a distância do planeta Terra ao Sol não é responsável pelas estações do ano. Também, ao contrário do que pensam muitas pessoas, o tempo quente no Verão não se deve ao menor ou maior afastamento da Terra em relação ao Sol, pois a órbita da Terra é praticamente circular.
O tempo quente ou frio nas várias zonas do planeta deve-se:
– 1º Ao tempo de permanência do Sol acima do horizonte: no Inverno, a altura do Sol é pequena e o Sol está pouco tempo acima do horizonte – os dias são muito curtos. No Verão, o Sol atinge o maior altura e está muito tempo acima do horizonte – os dias são longos.
– 2º À altura do Sol acima do horizonte: o Sol está mais baixo quando a luz incide com maior inclinação sobre a Terra ; está mais alto quando incide com menor inclinação.
O Solstício de Dezembro era conhecido como o “nascimento do sol” desde a era mais remota e festejado por todos os povos no hemisfério norte, que é também o de maior população (maiores massas continentais).
Este acontecimento astronómico era muito importante visto marcar o início do novo ciclo do Sol sobre a Terra, com dias cada vez maiores e mais quentes até ao novo retorno.
No ano 336 D.C., o Imperador Romano Constantino I alterou os motivos das grandes festas do solstício e passou a ser comemorado o nascimento de Cristo, o salvador da humanidade, em vez do nascimento do sol, na data fixa de 25 de Dezembro. A partir de então Roma e todo o seu vasto império abraçam o Cristianismo o que deixa profundas marcas no futuro de toda a civilização ocidental.
Por: António Costa