Está em vigor, desde sábado, o Dispositivo Integrado de Protecção e Socorro na Serra da Estrela. Até 26 de Abril de 2009, 20 elementos (no mínimo) dos bombeiros e da GNR estão estacionados na Torre para acudir a situações de emergência na zona do maciço central.
Durante a semana a equipa vai envolver cinco bombeiros, passando para 10 aos fins-de-semana e feriados, equipados com duas ambulâncias todo-o-terreno, entre outros meios. A estes juntam-se mais 15 militares do Grupo de Montanha da GNR, reforçado aos fins-de-semana e feriados, no mínimo, com outros 10 do Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro (GIPS). O dispositivo poderá ainda envolver as equipas de “Canarinhos” dos distritos da Guarda e Castelo Branco, transportadas de helicóptero, se a situação assim o exigir. Todos os elementos destacados para esta missão estão preparados para intervenções nas valências de busca e salvamento, socorro a acidentes rodoviários, evacuação e também na área da saúde, nomeadamente para dar resposta a doenças súbitas ou traumatismos resultantes de quedas.
A medida foi antecipada, na véspera, pelo simulacro de uma acção de salvamento de turistas na neve, numa das ravinas mais perigosas da Serra, junto ao Cântaro Magro. No final, José Medeiros, secretário de Estado da Protecção Civil, confirmou que «temos os homens mais preparados e cada vez mais meios apropriados» e afirmou não ter dúvidas que «a Serra é segura». Contudo, chamou a atenção dos futuros visitantes da Estrela, lembrando que «a protecção civil começa nas atitudes de cada um de nós». O dispositivo abrange os Comandos Distritais de Operações de Socorro da Guarda e Castelo Branco, envolvendo também os corpos de bombeiros da área de intervenção (cinco do distrito da Guarda e um de Castelo Branco), a GNR, o INEM, o Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade, a Estradas de Portugal e Cruz Vermelha Portuguesa, entre outras entidades.
Antes de subir à Serra, o governante inaugurou as novas instalações permanentes do grupo da Guarda da Força Especial de Bombeiros. Os “Canarinhos” já ocupam a antiga sede do Centro da Área Educativa, na Rua António Sérgio. É para ali que irá também o Centro Distrital de Operações e Socorro, cuja transferência deverá ocorrer durante o primeiro trimestre de 2009. Na cerimónia, José Medeiros sublinhou que, desde 2005, está em curso uma «revolução tranquila» nos serviços de protecção civil e socorro, aludindo aos “canarinhos”. Uma força helitransportada que considerou uma «mais-valia» na região. A confirmá-lo estão as mais de 500 missões – de primeira intervenção no combate a fogos nascentes – efectuadas no último Verão. Mas o secretário de Estado também tranquilizou os bombeiros: «É possível combinar com eficácia e sem atropelos mecanismos de socorro profissionalizados e meios voluntários», garantiu.
Luis Martins