P – Qual o balanço de mais uma edição do passeio “Á Descoberta dos F´s”?
R – É positivo, uma vez que superou as nossas expectativas em relação às inscrições que tínhamos previsto. Julgo que o que tínhamos preparado para esse dia foi do agrado dos participantes. Estamos muito satisfeitos com esta iniciativa, que decorreu da melhor maneira.
P – Quantos participantes teve?
R – Tivemos 37 participantes. Estávamos a contar com 30 e as inscrições seriam, de certa forma, limitadas, mas como não gostamos de deixar ficar ninguém para trás, entendemos aceitar os restantes sete que se inscreveram depois.
P – Os participantes foram essencialmente da região da Guarda ou também vieram de outras zonas?
R – Essa é outra situação que nos agrada no Clube Troop TT, porque, além de contarmos com a chamada “prata da casa”, tivemos também elementos de outros pontos do país. Aliás, lanço o repto para que as pessoas venham até à Guarda, porque vão sentir-se satisfeitas de certeza absoluta.
P – É então para continuar esta iniciativa nos próximos anos?
R – Sim e o Troop TT tem tendência para evoluir no campo do todo-o-terreno turístico. Estamos a pensar fazer algo de diferente daquilo que é hábito no distrito e queremos marcar a qualidade, dando outro dinamismo a essa área.
P – Porque é que a equipa Troop TT decidiu desistir do Nacional de Navegação Todo-o-Terreno?
R – Por vários motivos, mas o mais importante tem a ver com a falta de dinamismo da competição promovida pela Federação Portuguesa de Todo-o-Terreno, mas também pela falta das equipas participantes. Recordo que a Troop TT iniciou-se no campeonato há dois anos, quando corríamos com 26 ou 27 equipas, e, de um momento para o outro, este ano começámos a competir com sete ou oito jipes. Face aos gastos que implica um campeonato deste tipo, a máquina, o alojamento e toda a logística envolvida, tornou-se exageradamente dispendioso para aquilo que nos proporcionava. Nós também fomos organizadores de uma prova na Guarda, que, segundo o campeão nacional do ano transacto, foi a melhor que já teve até hoje em vários anos de navegação. Nesse aspecto, o clube está mais uma vez de parabéns, pois isto só revela que temos excelentes condições. Temos um traçado com capacidades muito favoráveis para a prática do todo-o-terreno, nomeadamente para provas de competição.
P – Contudo, a equipa vai continuar a participar em provas um pouco por todo o país?
R – Neste momento, estamos um pouco na expectativa. A última grande prova em que participámos foi o Grândola Aventura, que dá acesso ao afamado Sahara Aventura. Ganhámos essa competição ibérica – participaram pilotos espanhóis – e mostrámos, apesar da nossa juventude, a nossa boa capacidade de aprendizagem em pouco tempo. Nunca pensámos que poderíamos ganhar.
P – Quais as próximas actividades do clube?
R – Vamos definir, brevemente, o plano de actividades para o próximo ano, mas posso adiantar que teremos novidades em termos de navegação. Vamos fazer algo muito engraçado e vamos continuar a orientar-nos para os passeios de todo-o-terreno turístico, promover a nossa região e trazer pessoas de outros pontos do país. Ainda este ano, a equipa Troop TT vai fazer-se representar, em parceria com uma equipa do Porto, com dois sócios do clube, o José Magalhães e a esposa, no Sahara Aventura. Já fez o Dakar por três anos consecutivos e, devido a motivos de apoios financeiros e disponibilidade da actual equipa de competição da Troop TT, demonstrou vontade em participar nesse desafio.
P – Como explica o “boom” do todo-o-terreno na região?
R – O todo-o-terreno na Guarda é algo que as pessoas começaram a entender de uma forma diferente. Antigamente, quem tinha um veículo 4×4 era alguém que precisava dele para trabalho. Hoje, com um 4×4, as pessoas apercebem-se que pode servir para libertar o stress da semana, para conhecer locais totalmente diferentes e paisagens que ninguém imaginava existirem na região. A Guarda pode e deve viver do turismo, sendo que o todo-o-terreno é uma das boas formas de promover a cidade e a região. No entanto, considero que ainda não assistimos ao “boom” no seu todo e que ainda surgirão muito mais praticantes de todo-o-terreno.